MERCADO

Corteva vê oportunidade de crescer na América Latina nos próximos 5 anos


O vice-presidente global da plataforma de proteção de cultivos da Corteva AgriScience, divisão agrícola da DowDuPont, Rajan Gajaria, vê potencial de crescimento na América Latina nos próximos cinco anos. A região representa 21% das vendas da Corteva no mundo, o equivalente a cerca de US$ 3 bilhões. O presidente da Corteva no Brasil, Roberto Hun, disse no Global Agribusiness Forum (GAF 2018), realizado em São Paulo, que o Brasil é o segundo maior mercado da empresa, atrás apenas dos Estados Unidos, e considerado estratégico pela empresa. A Corteva tem 15% do segmento de proteção, cultivos e sementes – um negócio de US$ 100 bilhões no mundo -, ou US$ 15 bilhões, operando em 130 países.

Sobre o Brasil, Hun disse que a perspectiva é de crescimento “muito grande” nos próximos 10 anos. “Não temos número específico para esse período. Queremos, por meio da introdução de novos produtos e novas moléculas, poder crescer acima do porcentual de mercado”, apontou. Segundo ele, a Corteva está entre as três empresas líderes no Brasil no segmento agrícola. Especificamente para sementes de soja, Hun destacou que a perspectiva é de crescimento do mercado. “Dependerá do espaço que vamos preencher das exportações dos EUA que não vão ser realizadas para o mercado chinês”, disse. Segundo ele, a empresa trabalha com aumento de 3% a 5% na área plantada de soja no Brasil em 2018/19. Para o milho, a perspectiva é de redução de área de verão, com migração para a produção de soja, mas crescimento de área em safrinha.

De acordo com Hun, os mercados brasileiro e paraguaio de sementes e proteção de cultivos é de US$ 15 bilhões, dos quais a Corteva tem aproximadamente 12% de participação, com a junção dos negócios da Dow e DuPont e os desinvestimentos realizados no fim do ano passado requeridos por órgãos reguladores. O executivo disse que, por enquanto, a companhia ainda é uma divisão da DowDuPont, mas a partir de 3 de junho de 2019 passará a ser uma empresa independente, 100% dedicada ao segmento agrícola.

Lei dos Defensivos

Hun elogiou a “modernização” da lei dos defensivos. “A lei existente é de quase 40 anos; é importante buscar alteração”, disse. “Desenvolvemos moléculas para solucionar problemas do agricultor e aqui o período médio de aprovação é mais longo do que em outros países. (A mudança na legislação) Permitiria que o produtor tivesse acesso antes a essa tecnologia que pode ajudá-lo em produtividade, controle de insetos e ervas.”

Dinheiro Rural, 23/07/2018

Fonte Imagem: Reprodução

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