MERCADO

CNA analisa custo de produção da agropecuária na Bahia, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraná e Sergipe


Assessor técnico da CNA, Thiago Rodrigues, destacou os aumentos nos custos de produção das culturas analisadas. A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) realizou painéis virtuais do projeto Campo Futuro para analisar os custos de produção de café (BA), cana-de-açúcar (MG), pecuária de leite (MT), banana (MG); milho (SE); soja, milho, trigo e feijão e cevada (PR).

O milho foi a cultura analisada no painel online do Campo Futuro em Sergipe na segunda (24). Foram identificadas como modelos que mais representam a região uma propriedade média com 120 hectares cultivadas e a outra com característica de agricultura familiar com 15 hectares.

“Os custos operacionais aumentaram em média 39% se comparados com o levantamento realizado em 2019. Somente os gastos com insumos tiveram elevação de 27%, impactados especialmente pelos custos de fertilizantes e defensivos agrícolas. Por outro lado, os participantes do painel indicaram que os preços de comercialização podem alcançar até R$ 50 por saca considerando uma média ao final da colheita”, destacou o assessor técnico da CNA, Thiago Rodrigues.

“A nível de produção, os dados repassados indicaram que as áreas de soja com cultivar Intacta apresentaram um aumento do custo operacional efetivo por hectare de 3,3%, em relação aos dados exibidos em 2019. Para as outras culturas analisadas, a cevada apresentou uma redução de 1,6%, o milho convencional um incremento de 10,5% e o feijão 15,3% no custo por hectare. Já o trigo registrou alta no custo por hectare de 9% e, ao contrário das outras atividades, operou com a redução no preço de comercialização de 12%. Isso impactou nas margens da atividade, que basicamente não conseguiu arcar com as despesas de desembolso”.

As informações produtivas da banana nanica cultivada no município mineiro de Jaíba também apontam bom desempenho. Os dados foram coletados na segunda (24). Os fruticultores conseguem obter receita maior que o custo total.

Esse fato está muito relacionado à alta produtividade e aos bons preços pago no produto, declara o assessor técnico da Comissão Nacional de Fruticultura da CNA, Erivelton Cunha.

“A propriedade referência realiza um manejo irrigado, semimecanizado e com uso de tecnologias. Isso permite boa produtividade, com 50 toneladas por hectare. Os principais custos da atividade são provenientes dos insumos e condução da atividade e colheita, somente os fertilizantes correspondem a 37,5% do Custo Operacional Efetivo (COE), ou seja, valor que o produtor desembolsa para exercer a atividade”, avaliou.

Fonte: CNA, 26/08/2020

Fonte da imagem: Imagem de Pete Linforth por Pixabay

 

 

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