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Agricultores ficam em alerta com a incidência da cigarrinha-do-arroz


Aumento da presença da cigarrinha-do-arroz preocupa produtores agrícolas do Sul. O fenômeno tem despertado apreensão entre os agricultores da região, com destaque para o Extremo Sul, onde a Cooperativa Agropecuária de Jacinto Machado (Cooperja) está ativamente monitorando a incidência e oferecendo suporte aos agricultores para o manejo da praga. Conhecida também como sogata, essa pequena praga tem sido um desafio constante em diversas regiões produtoras de arroz, inclusive em áreas do Brasil.

O aumento significativo da presença da cigarrinha-do-arroz foi observado recentemente nas lavouras da região do Extremo Sul de Santa Catarina. O agrônomo Jordanis Hoffmann, Gestor do Departamento Técnico da Cooperja, observou que a presença desse inseto tem se intensificado nas últimas semanas, representando uma ameaça considerável para as colheitas locais.

De acordo com Hoffmann, o ciclo de reprodução da cigarrinha-do-arroz é rápido, permitindo duas a três gerações da praga durante uma única safra. Embora sua preferência seja pelo arroz, ela também pode se desenvolver em outras gramíneas, como canevão e grama boiadeira.

Os danos causados por esses insetos incluem a transmissão de doenças às plantas, especialmente viroses. Embora ainda não tenha sido registrado no Brasil, a transmissão do “vírus da folha branca do arroz” é uma preocupação significativa. Além disso, a sucção de seiva pelas cigarrinhas provoca danos diretos às folhas, caules e à panícula, resultando em uma aparência amarelada na lavoura e uma redução na produtividade.

Segundo Fernando Silveira, engenheiro agrônomo e líder regional do projeto de grãos da Epagri, o aumento dos relatos de incidência da cigarrinha-do-arroz tem sido observado em toda a região. A Epagri está monitorando a praga através da Estação Experimental de Itajaí, porém, o aumento dos casos está sendo registrado em todas as regiões. Os danos econômicos já foram relatados, embora ainda seja difícil quantificar o impacto total, pois nem todas as áreas afetadas foram identificadas.

Para combater essa praga, é essencial implementar medidas de controle, incluindo o manejo biológico para promover predadores naturais da cigarrinha-do-arroz. Além disso, o uso racional de inseticidas deve ser considerado, com base em um monitoramento constante das pragas, para evitar impactos negativos nos agentes benéficos do ecossistema.

Hoffmann enfatiza a importância de destruir os restos culturais da lavoura após a colheita, para evitar a permanência da praga no ambiente de produção. Segundo ele, o manejo da entressafra é fundamental para prevenir a incidência da cigarrinha-do-arroz, reduzindo os locais onde ela pode se abrigar e se reproduzir.

 

Fonte: Agrolink, publicado em 09/04/2024

Fonte da imagem: Freepik

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