SUSTENTABILIDADE
Milho com genética aprimorada amplia resistência e reduz impacto de pragas e doenças

No ciclo 2024/25, as cultivares de milho com tecnologias integradas de resistência se consolidam como importante estratégia para reduzir perdas. Estudos da Embrapa apontam que híbridos mais modernos oferecem maior tolerância a insetos, herbicidas e condições adversas — uma resposta à demanda crescente por segurança produtiva.
Tecnologias genéticas protegem contra ameaças
Os híbridos de milho desenvolvidos mais recentemente no Brasil incorporam tecnologias transgênicas que conferem resistência ou tolerância a uma série de ameaças fitossanitárias. Entre os principais avanços estão a proteção contra insetos-praga como a lagarta-do-cartucho (Spodoptera frugiperda), a broca-do-colmo (Diatraea saccharalis) e a lagarta-da-espiga (Helicoverpa zea), além de pragas do solo.
Algumas cultivares também apresentam tolerância a herbicidas como glifosato e glufosinato, facilitando o manejo de plantas daninhas. No controle de doenças, destaca-se a maior resistência a enfezamentos, mancha-branca e cercosporiose, fatores que historicamente comprometem o desempenho da cultura.
Vantagens práticas no manejo
– Para os produtores, a adoção dessas cultivares representa ganhos diretos no manejo e na eficiência produtiva. Entre os principais benefícios, estão:
– Redução do uso de defensivos – cultivares resistentes demandam menor volume de inseticidas e fungicidas ao longo do ciclo.
– Estabilidade em ambientes adversos – a tolerância genética aumenta a segurança da lavoura frente a surtos ou condições climáticas desfavoráveis.
– Eficiência agronômica – plantas com arquitetura moderna permitem maior densidade de semeadura e melhor aproveitamento de recursos como luz, água e nutrientes.
Produção mais segura e sustentável
As perdas provocadas por pragas e doenças no milho podem variar entre 9% e 90%, dependendo do nível de infestação e da genética utilizada. Nesse cenário, o uso de cultivares resistentes se posiciona como uma ferramenta essencial para garantir a rentabilidade da lavoura.
Além disso, a utilização dessas tecnologias contribui para uma agricultura mais sustentável, ao diminuir a pressão por defensivos químicos e ampliar a eficiência no uso de insumos.
Integração com manejo e desafios futuros
Especialistas alertam, no entanto, que o uso de cultivares resistentes deve ser parte de um conjunto de práticas agronômicas integradas. O manejo integrado de pragas (MIP), a rotação de culturas e a adoção de áreas de refúgio são fundamentais para preservar a eficácia das tecnologias ao longo do tempo.
Outro ponto de atenção é a necessidade de constante atualização genética, diante da capacidade de adaptação das pragas e doenças. O custo inicial de sementes mais tecnológicas também exige planejamento por parte dos produtores, especialmente em regiões com menor acesso à assistência técnica.
Fonte: Agrolink, publicado em 12/11/2025
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