USO E APLICAÇÃO
Relatório da Anvisa confirma uso eficiente de defensivos no país
Relatório da Anvisa confirma uso eficiente de defensivos no país
Os números sobre o uso de defensivos agrícolas no combate às pragas revelam um fato significativamente positivo: os produtores rurais vêm se mostrando engajados em melhorar o manejo da lavoura quando aplicam os produtos. Esta é a conclusão da Associação Nacional de Defesa Vegetal (Andef) sobre os resultados do levantamento realizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e divulgados nesta terça-feira (29).
“O órgão analisou 3.293 amostras, de 13 culturas, entre legumes, frutas e cereais. O resultado aponta que 64% das amostras analisadas em 2011 e 71% das amostras analisadas em 2012 estão em perfeita conformidade com as normas estabelecidas pela Agência”, afirma Eduardo Daher, diretor-executivo da Andef, que congrega as empresas que desenvolvem e produzem novas moléculas de defensivos agrícolas. “Isto mostra a evolução no uso adequado da tecnologia pelos agricultores brasileiros.”
Nos últimos anos, o Brasil tem melhorado consideravelmente seus índices de resíduos nos alimentos. Atualmente, o país está entre os melhores do mundo. De acordo com dados do PARA 2012 (ainda parcial), cerca de 4% dos produtos avaliados pela Anvisa estavam acima do Limite Máximo de Resíduos (LMR), o que, segundo os próprios diretores da Agência durante a divulgação, não representa risco à saúde dos consumidores.
“Os limites internacionais, adotados no Brasil, são extremamente seguros para a saúde humana e também servem para regular o comércio internacional de alimentos. Para calcular esses limites, há uma margem de segurança de mais de 100 vezes sobre o valor máximo tolerável pelo homem”, afirma o médico Ângelo Trapé, coordenador do Centro de Controle de Intoxicações da Unicamp.
Ainda de acordo com o relatório, um total de 25% das amostras apresentaram resíduos de produtos não autorizados para aquela cultura. Este resultado sinaliza a necessidade de revisão do marco regulatório brasileiro, em especial às minor crops, como apontou Ana Maria Vekic, Gerente Geral de Toxicologia da Anvisa, durante a coletiva.
“Quando o produtor identifica o ataque de pragas à sua lavoura, ele procura os produtos registrados para combater o mal. Mas, e quando não encontra? É preciso dar ao agricultor alternativas eficazes para que cuide de sua lavoura de forma adequada”, diz Daher.
Apesar dos números apresentarem uma evolução nos últimos anos, o resultado do PARA 2012 indica que é preciso unir esforços para intensificar o trabalho de educação no campo, levando tecnologia aos produtores de todo o país. “O agricultor sabe muito bem o custo da adoção de tecnologias em sua lavoura, por isso, utiliza de forma adequada os insumos que melhoram sua produtividade – sementes, máquinas, fertilizantes e defensivos agrícolas.”
Fonte: Comunicação Andef/Prole
29/10/2013