MERCADO

Brasil: liberação das importações de defensivos agrícolas não cobre as necessidades do setor

Brasil: liberação das importações de defensivos agrícolas não cobre as necessidades do setor


A publicação de uma declaração normativa do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil (Mapa) mudou o processo de liberação das importações de agroquímicos registrados até 2013. O objetivo é diminuir a burocracia mediante a informatização dos procedimentos, mas o setor diz que isso não resolve o problema do déficit de agroquímicos no mercado.

A declaração Nº 19/2013 se aplica desde 8 de julho de 2013 e exige que a empresa interessada preencha uma solicitação de aplicação em um sistema linear. A solicitação deve, por outro lado, ser entregue em uma das 27 regionais da secretaria, que emitirá uma resposta em 30 dias.

No entanto, os representantes do setor argumentam que a norma não resolve o principal problema enfrentado pelos agricultores brasileiros: o atraso na entrada de novos produtos no país. O tempo médio de espera para o registro de uma nova substância é de sete anos.

“Não houve novo controle de pragas nas últimas cinco temporadas de cultivo no Brasil. Elas são resistentes aos produtos que são utilizados e, com o tempo, os agricultores começam a gastar mais e os custos se duplicam, sem controle”, disse Fabrício Rosa, diretor da Associação dos Produtores de Soja e Milho do Brasil (Aprosoja).

Uma modificação na lei que regula o processo de inscrição é avaliada pelo governo federal, no entanto, as propostas estão sendo discutidas com os setores envolvidos.

Overseas Agro, 01/08/2014

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