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Cientistas advertem que os cultivos serão arruinados pelas pragas nos próximos 30 anos

Cientistas advertem que os cultivos serão arruinados pelas pragas nos próximos 30 anos


Muitos dos mais importantes países produtores de cultivos serão completamente saturados por pragas ainda neste século se as tendências atuais continuarem, revelou estudo. O documento aponta que dez tipos de pragas já se encontram em pelo menos metade dos países produtores. Se o avanço continuar nesse ritmo, os cientistas temem que uma proporção significativa desses países seja afetada nos próximos 30 anos.

A pesquisa da Universidade de Exeter foi publicada na revista Global Ecology and Biogeography. Nela, são descritos padrões e tendências da propagação de pragas, o uso de base de dados mundiais para investigar os fatores que influenciam no número de países alcançados e o número de pragas em cada país. São elas: fungos, bactérias, vírus, insetos, nematóides, viróides e oomicetos.

O estudo identifica as pragas que possam ser invasivas nos próximos anos, que incluem três espécies de nematóide tropical cujas larvas infectam as raízes de milhares de espécies de plantas. Outra é a Blumeria graminis, um fungo que causa mofo no trigo e em outros cereais. Além disso, o vírus da tristeza nos cítricos é outra ameaça, depois de ter alcançado em 2000, 105 dos 145 países produtores de cítricos.

Os autores também descrevem o jogo global de gato e rato que se dá ao introduzir cultivos em regiões livres de pragas para que prosperem brevemente antes que elas as alcancem.

A professora de Biociências da Universidade de Exeter, Sarah Gurr, explicou que “novas e mais virulentas variedades de pragas estão em constante evolução. Sua aparição é favorecida pelo aumento do tamanho das populações de pragas e seus rápidos ciclos de vida, que obrigam a seleção diversificada e anunciam a aparição de novos genótipos agressivos. Há esperança de se implementarem estratégias sólidas de proteção de cultivos e medidas de biossegurança, em especial nos países em desenvolvimento, onde o conhecimento é escasso. Se estas precauções podem diminuir ou deter este processo, ainda não se sabe”.

Overseas Agro, 12/09/2014

Imagem: Overseas

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