A indústria de proteção de cultivos arrecadou US$1.350 milhão em 2014 no Paraná, um dos principais estados rurais o qual a soja e o trigo são os mais importantes cultivos. O número representa um incremento de 20,53% em comparação com o US$1.120 milhão de 2012.
O Estado ficou novamente em terceiro lugar no ranking do país, atrás de Mato Grosso (US$ 2.500 milhões) e São Paulo (US$ 1.610 milhão), segundo dados da União Nacional de Produtos da Indústria Fitossanitária (Sindiveg). Pelo contrário, o volume de agroquímicos utilizados efetivamente nos cultivos no Paraná caiu 22,25%.
De acordo com os dados do Sistema de Monitoramento do Comércio e Uso de Agroquímicos do Estado do Paraná (Siagro), ano passado foram aplicados 118.4 milhões de quilos de agroquímicos no Paraná, sendo que em 2012 foram 152,3 milhões. O Siagro recolhe dados reais sobre quantidades vendidas para serem utilizadas nos cultivos do Estado. Isso significa que, por exemplo, o que é fornecido para outros Estados não é contabilizado.
O coordenador da aplicação de agroquímicos da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), João Miguel Tosato, afirma que a aparição da lagarta Helicoverpa armigera serviu como “pressão do mercado” para vender produtos agroquímicos. “Às vezes, os agricultores querem aplicar produtos a partir de uma suspeita que possuem, sem provas concretas. No entanto, conseguimos persuadi-los a aplicar somente duas vezes no lugar, ao invés de oito a dez aplicações”.
Overseas Agro, 20/09/2014