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Nanopartículas previnem fungos em bambus

Nanopartículas previnem fungos em bambus


Estudo “Bambu para uma engenharia sustentável” faz uso inédito no País de moderno microtomógrafo de raios X

Opção mais sustentável às madeiras de reflorestamento, o bambu é cada vez mais usado em construções civis e diferentes tipos de objetos, tanto no Brasil como em outros países. Porém, a planta sofre constantemente ameaças de fungos e diferentes pragas, o que acaba prejudicando um mercado que movimenta US$ 14 bilhões por ano, de acordo com o International  Network for Bamboo and Rattan (INBAR).

Para um combate mais eficiente aos fungos e bactérias que costumam atacar esta espécie vegetal e aumentar a durabilidade do bambu contra a ação natural de biodegradação, desde 2013 o Departamento de Química do Centro Técnico Científico da PUC-Rio (CTC/PUC-Rio) utiliza, de forma inédita no País, um microtomógrafo de raios X para auxiliar na caracterização da deposição de nanopartículas de prata na matriz biológica do bambu.

Alternativa sustentável

Os resultados da pesquisa já confirmam que o uso de nanopartículas para impedir a multiplicação de fungos em bambus é uma boa alternativa aos produtos químicos tradicionais. Estima-se que, normalmente, um bambu mofa em dois meses em condição de alta umidade.

Com a impregnação do bambu com nanopartículas de prata, este prazo aumenta para um ano, favorecendo todo o mercado nacional que utiliza o bambu ou outros materiais naturais como matéria-prima, como empresas de produção de materiais de construção não-convencionais e empresas de design e móveis.

 O estudo segue até 2017 e faz parte do projeto “Bambu para uma engenharia sustentável”, financiado pelo MCTI/CNPq e coordenado por um dos principais pesquisadores em bambu do Brasil, o professor Emérito KhosrowGhavami, do Departamento de Engenharia Civil e Ambiental do CTC/PUC-Rio.

Microtomógrafo de raios X

Segundo o professor Omar Pandoli, do Departamento de Química e um dos responsáveis pela pesquisa, o equipamento usa tecnologia semelhante à da tomografia hospitalar para permitir a visualização da estrutura interna tridimensional de objetos opacos. O equipamento é constituído por uma fonte de raios X, um sistema rotacional (que garante que o feixe irradie por completo a amostra) e um sistema de detecção de resolução micrométrica.

Campo & Negócios, 13/03/2017 

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