NOVAS TECNOLOGIAS
Algodão resistente a herbicida será apresentado a produtores cearenses
Algodão resistente a herbicida será apresentado a produtores cearenses
As vantagens da cultivar de algodão BRS 368 RF serão apresentadas em dois dias de campo nos municípios de Iguatu e Quixeramobim (CE) nos dias 18 e 19 de julho. A ação é promovida pela Embrapa, Secretaria de Desenvolvimento Agrário (SDA), Ematerce e Instituto Agropolos.
O pesquisador da Embrapa Agroindústria Tropical, Raimundo Braga, explica que a variedade tolera o herbicida Glifosato e, por isso, pode ser cultivada com menor exigência de equipamentos para controle de plantas daninhas.
Os dias de campo fazem parte de um conjunto de ações para revitalização da cotonicultura no Ceará. Uma das principais iniciativas foi a instalação de sete unidades demonstrativas de tecnologias nos municípios de Iguatu, Acopiara, Senador Pompeu, Quixeramobim, Quixadá e Choró.
O consultor da SDA Vinícius Assunção defende que com a adoção de tecnologias disponíveis é possível fortalecer a cultura no Ceará. Ele lembra que o estado detém o segundo maior parque têxtil do País, mas que é abastecido de matéria-prima proveniente de outros estados, principalmente Bahia e Mato Grosso, a elevados custos de logística.
Apoiam a iniciativa a Federação das Indústrias do Ceará (Fiec), Agência de Desenvolvimento do Estado do Ceará (Adece), Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará (Faec) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar).
Saiba mais: desenvolvida pela Embrapa Algodão e parceiros, a BRS 368 RF é um cultivar transgênica resistente ao herbicida glifosato, com rendimento de fibra de 40% e potencial produtivo entre 4.200 a 4.500 kg/ha, indicada para cultivo em primeira safra (sequeiro) nos estados do MS, MT, GO e BA e segunda safra (irrigado) no Estado da BA. Cultivar de porte baixo e ciclo de médio a precoce, com abertura da primeira flor aos 55 dias e ciclo total de 165 a 170 dias. Por ser resistente ao glifosato, oferece maior flexibilidade no controle de plantas daninhas, permitindo a aplicação em qualquer fase do desenvolvimento da cultura sem necessidade de utilização de pulverizações com herbicidas não seletivos em jato dirigido. Resistente ao mosaico comum e bacteriose do algodoeiro e moderadamente resistente a doença azul.
Grupo Cultivar, 14/07/2017