COLUNISTAS

Momento de Compra de Insumos pode Passar

BOLETIM AGRO30


 Prof. Dr. Marcos Fava Neves

Vinicius Cambaúva

Beatriz Papa Casagrande

Reflexões dos fatos e números do agro em maio/junho e o que acompanhar em julho

Na economia mundial e brasileira, o Boletim Focus divulgado pelo Banco Central do Brasil no dia 24 de junho trouxe novas estimativas para os principais indicadores da economia nacional. O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) foi projetado em 3,98% em 2024 e 3,85% em 2025 (ambos com alta mensal). Enquanto isso, o PIB (Produto Interno Bruto) foi calculado para ter um crescimento de 2,09% neste ano (ligeira queda) e 2,0% no próximo ano (manutenção). O câmbio deve terminar o ano corrente em R$ 5,15 e em R$ 5,15 no ano subsequente (cotações em alta). Por último, a taxa Selic deve ser de 10,5% ao término de 2024 e de 9,5% ao final de 2025 (estimativas em alta).

No agro mundial e brasileiro, em mais uma divulgação da FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura), o índice de preços dos alimentos subiu levemente pelo 3º mês consecutivo em maio, ficando em 120,4 pontos, ou seja, 1,1 ponto a mais ou 0,9% acima do observado em abril. Isso porque a alta nos preços dos cereais e produtos lácteos compensaram a queda do açúcar e óleos vegetais, enquanto isso, as carnes ficaram com índice praticamente inalterado. No entanto, o nível ainda foi 3,4% abaixo do valor correspondente há um ano. Começando pelos cereais (+6,3%), o aumento se deve aos preços ascendentes de exportação que refletiram a preocupação do mercado diante da produção de milho na Argentina (danos por doenças), no Brasil (clima desfavorável) e dos prejuízos causados à infraestrutura marítima do Mar Negro. Os lácteos (+1,8%) subiram devido ao aumento da demanda, expectativa de baixa oferta na Europa Ocidental e queda sazonal na Oceania. O açúcar (-7,5%) caiu ao nível mais baixo desde o início de 2023, com boas perspectivas no início da colheita no Brasil. Os óleos vegetais (-2,4%) caíram por conta das baixas cotações para o óleo de palma, contrapondo a alta do óleo de soja que é sustentada pela crescente procura por biocombustíveis. Por fim, o índice das carnes (-0,2%) foi praticamente o mesmo, com leve queda para a carne de aves e bovina, e alta para a suína.

A Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) divulgou o 9º levantamento relativo à safra brasileira de grãos 2023/24. Mais uma vez, a produção foi revisada para cima, agora em 297,5 mi de t (era 295,4 mi de t em maio), porém ainda representa uma oferta 7,0% menor do que a temporada anterior. O motivo principal da quebra foi a forte intensidade do fenômeno El Niño, que impactou de forma negativa o início do plantio até as fases reprodutoras dos cultivos de primeira safra em importantes regiões. Enquanto isso, a área também foi revista para cima, a previsão da Conab é de 79,6 mi de ha, sendo 1,3% superior ao ciclo 2022/23.

No milho, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) divulgou mais uma estimativa para a safra 2024/25 do cereal em junho, projetada em 1,22 bi de t, quase o mesmo valor do mês anterior (+0,1%) e apenas 0,6% menor do que o último ciclo. Os novos números: 377,5 para os Estados Unidos (-3,1%); 292,0 mi de t (+ 1,0%) para a China; Brasil com 117 mi de t (+ 4,0%); União Europeia, 64,8 mi de t (+ 6,2%); e Argentina 51,0 mi de t (- 3,8%). As exportações agora são previstas em 193,9 mi de t, sendo 1,1% menor do que o observado em 2022/23, mas 0,6% maior que a estimativa do mês anterior. O Brasil deve manter o volume embarcado de 51,0 mi de t, com 26,5% de participação global. Enquanto isso, os estoques finais devem fechar a temporada com 310,8 mi de t, com queda de 0,5% tanto em relação ao ciclo 2023/24, quanto ao relatório de maio.

Enquanto isso, a Conab estima a produção de milho em 114,1 mi de t para a safra 2023/24 no Brasil, uma redução de 13,5% ou 17,7 mi de t no comparativo com a temporada anterior. No entanto, houve um acréscimo de 2,5 mi de t ou 2,2% em relação a maio (111,6 mi de t). Desse total: 23,6 mi de t correspondem a 1ª safra (-13,7%); 88,1 mi de t a 2ª safra (-13,9%) e 2,4 mi de t a 3ª safra (+11,6%). Para a área, a estimativa é de 20,8 mi de ha, ou seja, 6,4% menor ou 1,8 mi de ha a menos do que a safra 2022/23.

Olhando para o campo, a colheita do milho 1ª safra avançou 88,1% até 16 de junho, contra 87,1% na mesma época do ano anterior. O estado com o maior atraso é o Maranhão com 40,0% da área colhida, seguido do Piauí (60,0%) e Bahia (82,0%). Enquanto isso, as outras regiões estão com a colheita praticamente finalizada. Já as lavouras de 2ª safra, estão: 0,7% em floração; 23,8% em enchimento de grãos; 62,4% em maturação e 13,1% colhido (versus 5,3% no ano passado).

Já nos Estados Unidos, o plantio de milho já foi finalizado. Até o dia 23 de junho, 97,0% das áreas já emergiram, versus 98,0% no mesmo período do ano anterior e 96,0% na média dos últimos 5 anos. As lavouras estão com 55,0% em boas condições e 14,0% excelentes.

Em Chicago, os preços do contrato de jul/24 de milho estavam negociados em US$ 4,335/bushel na data de fechamento da nossa coluna, queda de 7,4% em relação aos preços registrados há um mês.

Na soja, a 2ª projeção do USDA para a safra 2024/25 foi a mesma do mês passado. O órgão mantém a produção em 422,3 mi de t, com significativos 25,3 mi de t adicionais ou 6,4% maior que a temporada anterior (395,9 mi de t), cenário que pode continuar pressionando os preços. No top 5 países produtores as estimativas se mantiveram em: 169,0 mi de t (+9,7% em relação ao último ciclo) para o Brasil; Estados Unidos, 121,1 mi de t (+6,8%); Argentina, 51,0 mi de t (+2,0%); e China, 20,7 mi de t (igual). As exportações também não tiveram mudanças no novo relatório, ficando em 180,2 mi de t, um crescimento de 4,4% frente a safra 2023/24 (172,5 mi de t). Desse volume, o Brasil deve participar com 105,0 mi de t (+ 3,0%) representando 58,3% do total. Por fim, os estoques finais devem ser de 127,9 mi de t, ou seja, 15,1% acima dos estoques de 2023/24 e 0,5% abaixo do projetado em maio.

A Conab estimou a produção brasileira de soja em 147,3 mi de t na safra 2023/24 em junho, com leve queda de 400 mil t em relação a maio. O resultado é 4,7% ou 7,2 mi de t menor sobre o ciclo passado. A retração pode ser explicada por baixos índices de chuva e altas temperaturas em certas regiões, refletindo em replantios e perdas de produtividade. A área da oleaginosa é projetada em 46,0 mi de ha, com crescimento de 4,3% ou 1,9 mi de ha. A colheita de soja foi concluída no país.

Nos Estados Unidos, 97,0% da soja da safra 2024/25 já havia sido plantada até 23 de junho, sendo que na mesma data de 2023 o avanço era de 99,0% e de 95,0% na média dos últimos 5 ciclos. Em relação as condições, 56,0% estão boas e 11,0% excelentes.

O contrato da soja com entrega para jul/2024 estava negociado na Bolsa de Chicago em US$ 11,7/bushel no fechamento da nossa coluna, queda mensal de 5,5%.

No algodão, em mais uma atualização do USDA, a produção global da pluma foi estimada em 25,9 mi de t em 2024/25, praticamente o mesmo valor do 1º relatório e 4,8% superior a 2023/24. Os volumes para a produção são: China com 5,87 mi de t (-1,8%); Índia com 5,44 mi de t (-3,8%); Brasil produzindo 3,63 mi de t (+14,5%); e Estados Unidos com 3,48 mi de t (+32,8%). Para as exportações, a previsão é de que o Brasil (2,7 mi de t) ultrapasse os Estados Unidos (2,6 mi de t) em 2023/24, mas esse cenário volta a inverter nas previsões para 2024/25: Estados Unidos vendendo 2,8 mi de t ao exterior e o Brasil logo atrás com 2,7 mi de t. Para os estoques finais, a projeção é de 83,5 mi de t, isto é, 3,1% acima da temporada 2023/24 e 0,6% maior do que o relatório anterior.

Para a safra 2023/24 do Brasil, a Conab estima que uma produção de 3,6 mi de t, mantendo o patamar dos meses anteriores (queda anual de 15,2% ou 483,8 mil t). Em área, a projeção é de 1,9 mi de ha, sendo 16,9% maior que o ciclo passado.

A colheita do algodão avançou em 3,1% das áreas, sendo Minas Gerais (11,0%), Mato Grosso do Sul (9,0%) e Bahia (7,0%) os estados mais adiantados. Quanto a fenologia das lavouras (até 16 de junho): 12,5% estão em formação de maçãs, 84,4% em maturação e os outros 3,1% foram colhidos. Nos Estados Unidos, 94,0% das áreas de algodão de 2024/25 foram semeadas até 23 de junho, apenas 1 ponto percentual acima do registrado há um ano, e 2 abaixo das últimas 5 safras. As condições da pluma no campo têm sido um pouco mais sensíveis, com 51,0% do total em boas condições e 5,0% excelentes.

O contrato de jul/24 do algodão na Bolsa de Nova Iorque, na data de fechamento da nossa coluna, estava cotado em 71,29 centavos de dólar por libra-peso, 12,8% inferior aos preços registrados no mesmo período do mês anterior.

Nos demais setores, a estimativa para as culturas de inverno é uma produção total de 10,9 mi de t (+12,9%) ocupando uma área de 3,8 mi de ha (-9,1%), ambas praticamente no mesmo patamar do previsto no mês anterior. O plantio desses cultivos segue em andamento, porém, no Rio Grande do Sul – maior estado produtor de trigo – a semeadura do cereal ainda não teve início por conta do excesso de umidade nas áreas. Dessa forma, os resultados ainda dependem do comportamento do clima ao longo dos próximos meses. Para o trigo, as expectativas preliminares indicam uma produção de 9,1 mi de t (+12,0%) em 3,1 mil ha (-11,4%).

Os produtos do agronegócio brasileiro exportados em maio atingiram US$ 15,0 bi, um valor 10,2% menor do que o mesmo período do ano passado (US$ 16,8 bi), segundo a Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura e Pecuária (SCRI/Mapa). Esse cenário reflete a queda dos preços médios de exportação somada a diminuição do volume vendido ao exterior.

Os 5 segmentos que mais contribuíram na receita do mês foram: “Complexo Soja” que segue sendo o líder com US$ 6,7 bi vendidos (-31,1%). A queda é atrelada a menor expectativa de produção e, consequentemente, diminuição da disponibilidade de excedente exportável, em conjunto com a retração dos preços do grão no mercado internacional. Na 2ª posição são as “Carnes” com faturamento de US$ 2,1 bi (+2,0%) devido aos embarques recordes pelo Brasil. O volume exportado de carne bovina in natura foi recorde histórico, enquanto de carne de frango e suína, ambas in natura, foram recordes para o mês. Em terceiro lugar, temos os “Produtos Florestais” que exportaram US$ 1,5 bi (+25,5%). A variação positiva se deve a valorização do preço da celulose no mercado externo, fazendo a matéria-prima atingir US$ 923,4 mi em exportações (+47,9%). Em 4º lugar o “Complexo Sucroalcooleiro” contabilizou US$ 1,4 bi (+15,3%). O volume recorde embarcado de açúcar foi o principal motivo para o bom desempenho, com 2,8 mi de t enviadas (+16,7%). Para fechar em 5º lugar, o “Café” registrou US$ 1,0 bi em exportação (+69,0%). A safra atual de café é de bienalidade positiva e pode alcançar 58,8 mi de sc (+6,8%), o que resultou em um aumento significativo do volume (243,9 mil t | +72,9%) e receita (US$ 929,4 | +73,0%) de exportação do café verde.

As importações de produtos agropecuários, por outro lado, cresceram 15,1% totalizando US$ 1,6 bi em maio. O saldo da balança comercial é positivo em US$ 13,4 bi (-12,5%). O setor importou diversos insumos necessários à produção agropecuária: fertilizantes (US$ 1,0 bi); defensivos agrícolas (US$ 312,74 mi); produtos de nutrição animal (US$ 244,51 mi); máquinas e implementos (US$ 129,56 mi), entre outros.

O VBP (Valor Bruto da Produção Agropecuária Brasileira) foi estimado em R$ 1,176 tri pelo Mapa (Ministério da Agricultura e Pecuária), com queda de 0,5% frente ao último ano. As lavouras devem entregar R$ 795,9 bi (-3,4%), com destaques para alta do cacau (+113,0%), laranja (+50,4%) e batata inglesa (+43,0%). Já a pecuária, pode registrar receita de R$ 380,7 bi (+6,2%) e os destaques são a valorização da carne suína (+62,6%) e de frango (+7,8%), enquanto a carne bovina deve cair (-2,9%).

A safra mundial de café em 2024/25 deve atingir 176,2 mi de sc de 60 kg, superando as 169,2 mi de t da temporada anterior, segundo o USDA. A recuperação no Brasil e na Indonésia é a principal razão para o aumento de 7,1 mi de sc. As exportações globais devem crescer 3,6 mi de sc, totalizando 123,1 mi, enquanto o consumo global aumentará 3,1 mi de sc, chegando a 170,6 mi. Os estoques finais devem subir 1,9 mi de sc, totalizando 25,8 mi. No Brasil, a produção deve crescer 3,6 mi de sc, atingindo 69,9 mi. A produção foi favorecida por condições climáticas adequadas após um período de altas temperaturas.

A safra de cacau enfrenta um período de baixa oferta crescente, com a Organização Internacional do Cacau (ICCO) estimando um déficit mundial de 439,0 mil t na temporada 2023/24, acima das 374,0 mil t projetadas anteriormente. Problemas climáticos nos principais produtores, Costa do Marfim e Gana, que representam cerca de 70% da oferta global, são a causa principal. A produção global de cacau deve cair 11,7%, para 4,5 mi de t, e a moagem deve diminuir 4,3%, para 4,8 mi de t.

No primeiro trimestre de 2024, o Brasil bateu recorde no abate de bovinos, com 9,3 mi de cabeças, um aumento de 24,6% em relação ao mesmo período de 2023, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Janeiro registrou 3,15 mi de cabeças abatidas, 23,7% a mais que no ano anterior. O aumento se deve à maior oferta de animais após a retenção de fêmeas entre 2019 e 2022. Com a queda nos preços dos bezerros desde 2022, mais fêmeas foram abatidas, elevando o abate de fêmeas em 28,2% e de machos em 21,7%.

Desde fevereiro deste ano, o El Niño começou a mostrar sinais de enfraquecimento, embora seus efeitos persistentes ainda sejam sentidos devido à sua intensidade anterior. De acordo com o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), as temperaturas oceânicas agora estão dentro da média, sinalizando o término do fenômeno. No entanto, as previsões indicam uma transição para um novo fenômeno climático: o La Niña, previsto para iniciar em setembro com probabilidade de 70% de ocorrência. Para o Brasil, os impactos clássicos do La Niña incluem aumento das chuvas no Norte e Nordeste, tempo mais seco e chuvas irregulares no Centro-Sul, e uma tendência para condições mais secas no Sul. Além disso, espera-se maior incidência de massas de ar frio, resultando em variações térmicas mais amplas pelo país.

As tensões comerciais entre China e União Europeia aumentaram com uma investigação antidumping sobre importações de carne suína da UE pela China. A medida afeta principalmente Espanha, Holanda, Dinamarca, Alemanha e Bélgica, principais exportadores de carne suína para o país asiático. A expectativa é de que outros grandes exportadores como Brasil, Estados Unidos e países sul-americanos possam substituir parte dessas exportações europeias.

No segundo semestre de 2023, o Brasil registrou um aumento na capacidade de armazenamento agrícola, atingindo 210,9 mi de t, um crescimento de 4,7% em relação ao primeiro semestre do ano, segundo dados do IBGE. O número de estabelecimentos de armazenagem também aumentou para 9,1 mil unidades (+4,8%). Os estados do Rio Grande do Sul, Mato Grosso e Paraná são os principais em capacidade de armazenagem, juntos respondendo por 60% do total nacional. Os silos representam a maior parte da capacidade útil, com 110,0 mi de t, correspondendo a 52,2% do total.

As recentes chuvas no Rio Grande do Sul já causaram prejuízos significativos, totalizando R$ 12,2 bi em danos até o momento. A agricultura e a pecuária foram duramente afetadas, com perdas estimadas em R$ 4,1 bi e R$ 372,1 mi, respectivamente. O desastre atingiu 478 municípios, sendo 95 em estado de calamidade pública e 323 em emergência.

Para concluir a seção de análise do agro, apresentamos os preços dos principais produtos no mercado interno. Na soja, a cotação para entrega em cooperativa de São Paulo estava em R$ 132,0/saca e a soja de fevereiro de 2025 em R$ 125. Já as negociações do milho para entrega em cooperativa do estado de São Paulo, no contrato de ago/2024, estava em R$ 55,00/sc; e o preço para jul/2025 na B3 era de R$ 57,46/sc. No algodão, base Esalq, a cotação estava em R$ 132,35/@. Outros preços do setor, de acordo com o Cepea/Esalq, eram: café arábica em R$ 1.399,25/sc (+8,8% no mês); o trigo Paraná em R$ 1.530,20/t (+3,1%); a laranja para indústria R$ 77,85/cx de 40,8 kg (+7,0%); e o boi gordo em R$ 225,65/@ (-2,0%).

Os cinco fatos do agro para acompanhar em julho são:

  1. As previsões para o clima com o fim do El Niño e probabilidade de 70% para transição ao La Niña no segundo semestre. Esse cenário pode aumentar as chuvas no Norte e Nordeste, trazer um tempo mais seco e chuvas irregulares no Centro-Sul e Sul do Brasil, bem como aumentar a variabilidade climática, o que pode ao mesmo tempo beneficiar algumas culturas e prejudicar outras. Vamos acompanhar!
  2. Andamento do desenvolvimento das safras de verão no Hemisfério Norte. Nos Estados Unidos, há alertas de calor intenso, com temperaturas acima de 35ºC. O produtor brasileiro deve ficar atento a essas movimentações que podem acabar dando oportunidades importantes de comercialização.
  3. Continuar observando a 2ª safra de milho brasileira. A colheita do cereal já alcançou 81,6% da área plantada e deve ser finalizada no final de julho, sendo que em grande parte das regiões produtoras houve redução da produtividade por conta das adversidades climáticas.
  4. Observar o melhor momento para aquisição de insumos para o planejamento da próxima safra. O Índice de Poder de Compra de Fertilizantes (IPCF) divulgado pela Mosaic em maio alcançou o valor de 0,97 (-0,2%) indicando um melhor poder de compra dos produtores. O momento é de compra.
  5. Ficar de olho no câmbio! As variações este mês foram de R$ 5,23 a R$ 5,46 até o fechamento da nossa coluna (25/06), o que traz grande impacto nas negociações de compra e venda de insumos e commodities. Também temos stress maior nos fretes internacionais devido a ataques no Mar Vermelho e outras complicações.

Marcos Fava Neves é professor Titular (em tempo parcial) das Faculdades de Administração da USP (Ribeirão Preto – SP) da FGV (São Paulo – SP) e da Harven Agribusiness School (Ribeirão Preto – SP). É especialista em Planejamento Estratégico do Agronegócio. Confira textos e outros materiais em DoutorAgro.com e veja os vídeos no Youtube (Marcos Fava Neves).

Vinícius Cambaúva é associado na Markestrat Group e professor na Harven Agribusiness School, em Ribeirão Preto – SP. Engenheiro Agrônomo pela FCAV/UNESP, mestre e doutorando em Administração pela FEA-RP/USP. É especialista em comunicação estratégica no agro.

Beatriz Papa Casagrande é consultora na Markestrat Group, aluna de mestrado em Administração de Organizações na FEA-RP/USP e especialista em inteligência de mercado para o agronegócio.

 

Fonte da imagem: Freepik

Tags

Notícias Relacionadas

Close