COLUNISTAS
Paraguai: O epicentro de competitividade industrial na América do Sul

Renato Cesar Seraphim
O Imperativo da Mudança Estratégica
O agronegócio brasileiro opera sob um paradoxo: apesar de sua produtividade de campo, a sustentabilidade de sua cadeia de suprimentos agroquímicos é ameaçada por ineficiências logísticas e uma estrutura tributária insustentável. A dependência histórica de insumos formulados (baixo valor agregado por volume) importados da Ásia impõe uma “taxa logística” pesada e desnecessária ao custo final, agravada pela carga fiscal interna brasileira, que pode superar 35% sobre a agregação de valor industrial.
Este artigo estabelece que o Paraguai não é apenas uma alternativa, mas a resposta estratégica e geograficamente próxima para este dilema. O modelo de nearshoring industrial, baseado na Lei Maquila (Lei 1064/97), oferece uma tripla e inatacável alavancagem de custos, essencial para que as empresas brasileiras atinjam o domínio competitivo no Mercosul.
A tese central reside na Arbitragem de Três Pilares:
- Vantagem Fiscal: Substituição da complexa taxação industrial por um Imposto Único de 1% sobre o Valor Agregado Nacional (VAN).
- Vantagem Logística: Eliminação do frete transoceânico de água e solventes, concentrando o custo intercontinental apenas no Ingrediente Ativo Concentrado (TGAI).
- Vantagem Operacional: Aproveitamento de um custo de energia elétrica significativamente mais baixo (benefício de Itaipu) e de mão de obra altamente competitiva.
A viabilidade desta estratégia é comprovada pela existência de infraestrutura de ponta. A excelência fabril, confirmada em visita à planta da AGROFUTURO Paraguay S.A. em setembro de 2026, e demonstra que o custo otimizado paraguaio é suportado por compliance e qualidade de nível internacional (Laboratório ISO 17025). A não-adoção imediata desta reconfiguração da cadeia de suprimentos representa uma ineficiência estratégica que condena o importador e a indústria brasileira à obsolescência competitiva frente aos players que já operam sob o regime maquila.
O Dilema inegociável do agronegócio brasileiro: Dependência, Ineficiência e o Custo da Inércia
A Vulnerabilidade Estrutural da Cadeia Asiática
O Brasil, enquanto um dos maiores consumidores globais de insumos agroquímicos, tem sua competitividade refreada pela excessiva dependência da importação de produtos finais, predominantemente oriundos da China e Índia.
O aspecto mais irracional dessa dependência é a chamada “Taxa da Água” Logística. A maior parte dos agroquímicos finais contém uma alta proporção de solventes e diluentes, principalmente água. No modelo tradicional, o importador brasileiro paga o frete marítimo intercontinental pelo volume total do produto, incluindo o peso e o volume dos diluentes, que possuem valor econômico nulo. Este dreno de capital, que consiste em pagar para transportar água por milhares de quilômetros, é uma falha logística primária que a industrialização local no Paraguai resolve integralmente, otimizando o frete para o Ingrediente Ativo de alta concentração.
Adicionalmente, cadeias de suprimentos longas são inerentemente frágeis e vulneráveis a choques globais. Crises geopolíticas, pandemias ou gargalos marítimos podem interromper o fluxo de insumos críticos, pondo em risco a safra. O nearshoring no Paraguai não apenas reduz custos, mas aumenta a resiliência e a flexibilidade logística, garantindo uma cadeia de suprimentos mais rápida e menos exposta a riscos intercontinentais.
A Incompatibilidade Tributária Brasileira com a competitividade global
A ineficiência logística é exponencialmente agravada pela incompatibilidade do regime tributário brasileiro. A carga fiscal interna sobre a industrialização é complexa e elevada, o que historicamente torna os agroquímicos comercializados internamente significativamente mais caros do que seus equivalentes globais.
A industrialização de defensivos no Brasil é sufocada por uma estrutura que engloba IPI, ICMS, PIS/COFINS e ISS. A carga tributária total sobre a agregação de valor pode facilmente ultrapassar 35%. Esse peso fiscal elevado e a complexidade regulatória inviabilizam a produção interna de produtos de baixo valor agregado por volume. O capital que deveria ser reinvestido em eficiência operacional ou que garantiria uma margem competitiva de mercado é capturado pelo sistema tributário. Portanto, a ineficiência logística e a alta carga tributária formam barreiras estruturais que posicionam o Brasil como um mercado de alto custo, tornando imperativo buscar soluções de cost arbitrage externas.
Paraguai como Vanguarda do Mercosul: O Modelo da Eficiência Soberana
O Paraguai não deve ser visto apenas como um destino de investimento, mas como um modelo de liderança econômica regional. O país, sob a gestão atual, estabeleceu um paradigma de atração de capital baseado na estabilidade e na simplificação fiscal, criando sinergia entre os setores público e privado.
Este modelo de sucesso é uma provocação direta aos vizinhos do Mercosul, especialmente aqueles cuja instabilidade regulatória e alta taxação continuam a afugentar investimentos industriais de longo prazo. A liderança paraguaia demonstrou que a previsibilidade e os incentivos claros são a chave para a diversificação da matriz industrial.
O governo tem consistentemente reforçado seu compromisso com a estabilidade macroeconômica, essencial para obter benefícios de longo prazo e sustentar o crescimento.
A superioridade do arcabouço paraguaio para o capital intensivo não reside apenas na taxa baixa, mas na blindagem jurídica de longo prazo que oferece. Para grandes projetos industriais, a principal garantia de estabilidade é a invariabilidade tributária por um prazo de até 20 anos, dependendo do valor do investimento.
Essa garantia de longo prazo remove o maior risco percebido na América Latina: a volatilidade política e a mudança repentina de regras fiscais. Ao assegurar que a alíquota fiscal não mudará durante o período de maturação do projeto, o Paraguai permite que o investidor calcule a Taxa Interna de Retorno (TIR) com alta previsibilidade. Isso transforma o país em um “porto seguro” regulatório, um atrativo mais poderoso para o grande capital global do que qualquer benefício fiscal de curto prazo.
Análise Fiscal 1.0: O Pilar da Lei Maquila e a Arbitragem de 35% vs. 1%
O Regime de Maquila (Lei 1064/97) é o motor fiscal que impulsiona a atração industrial. Ele foi concebido para fomentar a criação de valor agregado local, dedicando a produção à exportação.
O princípio fundamental é permitir que insumos e matérias-primas estrangeiras, como os ativos agroquímicos concentrados da China, sejam importados temporariamente com suspensão de tributos, para serem transformados e formulados no Paraguai. O monitoramento deste processo é realizado com rigor pelo Conselho Nacional de Indústrias Maquiladoras de Exportação (CNIME).
O benefício fiscal central é a Arbitragem Fiscal: o Imposto de Renda (Ganancias) é substituído por um Tributo Único de 1% sobre o Valor Agregado Nacional (VAN) no território paraguaio. Esta alíquota é um diferencial abissal em comparação com o cenário tributário brasileiro, onde a carga sobre a industrialização pode facilmente ultrapassar 35% [1]. A diferença entre 35% e 1% significa que o capital que seria destinado ao pagamento de impostos é mantido no fluxo de caixa do empresário, aumentando drasticamente a margem competitiva ou o volume de capital de giro disponível.
Além do imposto único, o regime maquila garante a suspensão total de tributos e tarifas na importação de insumos e matérias-primas (TGAI). Isso reduz significativamente o custo de capital de giro e estoque para o processo produtivo. Para o investidor estrangeiro, a legislação complementa o incentivo com a isenção total de qualquer tributo sobre a remessa de lucros e dividendos ao exterior, otimizando ao máximo o retorno do investimento.
A Tabela 1 ilustra essa disparidade fiscal, que é fundamental para a decisão de investimento:
Tabela 1: Comparativo Fiscal Sumário – Brasil vs. Lei Maquila (Paraguai)
Fator Fiscal | Produção no Brasil (Estimativa Média) | Produção no Paraguai (Lei Maquila) | Significado Estratégico |
Carga Tributária sobre Agregação Industrial | Pode ultrapassar 35% do valor (IPI, ICMS, PIS/COFINS, etc.) [1] | Imposto Único de 1% sobre o Valor Agregado Nacional [1] | Arbitragem Fiscal e alocação de capital antes destinado a impostos para o fluxo de caixa. |
Tributação na Importação de Insumos (TGAI) | Sujeita a I.I., IPI, PIS/COFINS e tarifas [1] | Suspensão total de tributos e tarifas [1] | Redução de custo de capital de giro e estoque, zero oneração imediata. |
Remessa de Lucros/Dividendos | Tributação padrão/acordos bilaterais [1] | Isenção total de qualquer tributo [1, 7] | Otimização máxima do retorno do investimento estrangeiro (ROI). |
O Arcabouço Jurídico-Econômico: Previsibilidade e Monitoramento (Compliance)
A Força da Segurança Jurídica
A atração de investimentos de capital intensivo, como plantas industriais de formulação, depende criticamente da segurança jurídica. O Paraguai estabeleceu a Lei de Investimentos 117/91, que garante a igualdade de tratamento ao capital estrangeiro, a proteção dos direitos de propriedade e, crucialmente, a liberdade de câmbio, permitindo a entrada e saída de capitais, e a remessa de dividendos sem restrições.
Para mitigar o risco regulatório de longo prazo, o fator mais relevante é a garantia de invariabilidade tributária por até 20 anos. Recentemente, a nova Lei Nº 7.548/2025 modernizou o regime de incentivos, reforçando os benefícios fiscais e equiparando investidores nacionais e estrangeiros para a isenção de Imposto sobre Dividendos e Lucros (IDU) em projetos superiores a US$ 13 milhões. Esta reforma integral sinaliza a continuidade de uma política estatal robusta de atração e proteção de capital.
Governança e Transparência Aduaneira
O sucesso do Regime Maquila é sustentado por uma governança rigorosa. O Conselho Nacional de Indústrias Maquiladoras de Exportação (CNIME) é o órgão responsável pelo monitoramento e pela garantia da conformidade das empresas com as diretrizes do programa, supervisionando a importação de matérias-primas e o ciclo produtivo.
A existência de um órgão de supervisão ativo e com regras claras é fundamental para a mitigação do risco aduaneiro para o parceiro brasileiro. O monitoramento do CNIME assegura que a entrada do Ingrediente Ativo (TGAI) e a posterior reexportação do produto formulado via Mercosul são processos compliant e rastreáveis. Isso fornece a garantia regulatória necessária ao importador brasileiro de que o acesso com Tarifa Zero não será contestado pelas autoridades aduaneiras do Mercosul devido a irregularidades no processo produtivo paraguaio.
A Engenharia Operacional Avançada: Redefinindo a logística e os custos fixos
Esta seção demonstra que os ganhos logísticos no Paraguai, muitas vezes, superam os próprios benefícios fiscais, desafiando a indústria brasileira a abandonar práticas de frete ineficientes.
O Fim da “Taxa do Frete da Água”: A Otimização Intercontinental
A importação de produto diluído da Ásia, pagando frete marítimo por solventes, representa uma falha logística primária que drena o capital de giro. A estratégia de formular agroquímicos no Paraguai, baseada na Maquila, resolve este problema através do que se pode chamar de “Gênio da Logística Reversa.”
A empresa importa apenas o TGAI em alta concentração, reduzindo o volume transportado intercontinental em uma proporção que pode variar de 5 a 10 vezes. A diluição, que utiliza água e insumos locais de baixo custo (sem custo de frete transoceânico), é realizada na planta paraguaia. Esse ganho de eficiência logística é massivo, permitindo ao empresário converter frete de água em capital de giro. A otimização do custo de frete, muitas vezes, isoladamente, representa uma vantagem competitiva inalcançável por importadores de produto final.
Arbitragem de Custos Fixos (OPEX): Energia e mão de obra competitiva
A competitividade paraguaia é reforçada por fatores de produção com custo significativamente inferior ao do Brasil. O custo da mão de obra, incluindo encargos trabalhistas, é notoriamente mais baixo.
No entanto, o fator mais decisivo para a indústria de formulação intensiva em energia é a vantagem da eletricidade de Itaipu. O Paraguai possui uma das tarifas de energia elétrica industrial mais baixas do mundo, o que reduz drasticamente o Custo Operacional Fixo (OPEX) das plantas. Em contraste, a tarifa industrial brasileira está entre as mais caras globalmente (a terceira maior do mundo), devido a uma carga tributária que atinge cerca de 51,6% sobre a eletricidade. A baixa tarifa paraguaia, combinada com a otimização de frete, garante ao produtor Maquilador um domínio de custos fixos e variáveis que é inalcançável por qualquer planta fabril dentro do território brasileiro, estabelecendo um controle de custos definitivo.
A Tabela 2 sintetiza as vantagens operacionais:
Tabela 2: Arbitragem de Custos Operacionais e Logísticos China-Paraguai
Fator de Custo | Cenário 1: Importação de Produto Final (Baixa Concentração) da China | Cenário 2: Importação de Ativo Concentrado (TGAI) p/ Formulação no Paraguai | Vantagem Logística/Operacional |
Frete Marítimo (Ásia-América do Sul) | Alto custo sobre volume total (inclui solvente/água) [1] | Custo otimizado sobre o volume de TGAI (Mínimo 5-10x menos volume transportado) [1] | Redução drástica do custo logístico intercontinental. |
Tarifa Industrial de Energia | Alta (3ª maior do mundo no Brasil, alta carga tributária) [1] | Muito Baixa (Vantagem de Itaipu) [1] | Custo fixo (OPEX) significativamente menor na formulação. |
Imposto de Importação (Brasil) | Aplicável sobre o produto final chinês [1] | Tarifa Zero via Mercosul/ROM (produto originário Paraguai) [1] | Acesso preferencial de mercado. |
O Passaporte para o Mercado Brasileiro: Cumprimento inegociável da regra de origem Mercosul (ROM)
Para que o produto formulado no Paraguai acesse o Brasil com Tarifa Zero (dentro da zona de livre comércio do Mercosul), o cumprimento da Regra de Origem do Mercosul (ROM) é um requisito regulatório essencial.
O critério geral do ROM exige que o produto tenha um mínimo de 60% de Valor Agregado Regional (VAR), ou seja, no máximo 40% de insumos não originários. A formulação de agroquímicos é classificada como um processo produtivo substancial. O valor agregado local — que engloba custos com mão de obra, a energia ultracompetitiva, embalagens locais, serviços da maquiladora e o lucro tributado a 1% — é suficiente para garantir o cumprimento do percentual de VAR.
Desta forma, o produto formulado sob o Regime de Maquila é validado como mercadoria originária do Paraguai, permitindo sua exportação ao Brasil sem a incidência do Imposto de Importação brasileiro. Este mecanismo regulatório transforma a vantagem operacional paraguaia em um acesso de mercado preferencial e imbatível.
Validação em Campo: A Experiência da Visita à AGROFUTURO Paraguay S.A. e a Prova de Qualidade
A tese de investimento no Paraguai foi materializada e validada em setembro de 2026 durante a visita à AGROFUTURO Paraguay S.A. Esta experiência in loco confirma que o low cost paraguaio é integralmente suportado por high compliance e excelência industrial, dissipando quaisquer dúvidas sobre a qualidade da produção em um regime fiscal tão vantajoso.
O Relato da Excelência Fabril e a Vantagem da Customização
Fiquei profundamente impressionado com a qualidade fabril da AGROFUTURO, uma empresa industrial paraguaia consolidada desde 1996 e líder em certificações internacionais [1, 9]. A planta demonstra uma capacidade de formulação de 50.000.000 Litros/Kg por ano, comprovando a escala necessária para atender às grandes demandas do mercado brasileiro. A fábrica é dotada de linhas de produção diversificadas, aptas a formular Concentrados Suspensíveis (SC), Solúveis (SL), Emulsificáveis (EC), Microemulsões (ME) e produtos granulados.
Além da escala, um diferencial estratégico crítico é a vantagem de customizar a produção e a entrega para os importadores brasileiros. A proximidade logística (nearshoring) e a flexibilidade fabril permitem que a AGROFUTURO opere como um parceiro de tolling que se adapta com precisão e velocidade aos requisitos específicos de portfólio e à logística just-in-time do cliente brasileiro.
O Padrão Ouro do Compliance Regulatório: O Fator ISO 17025
Para o setor agroquímico, a qualidade e o compliance regulatório são inegociáveis. A AGROFUTURO é líder em certificações (ISO 9001, 14001, 45001), mas o elemento mais valioso para o importador brasileiro é o seu Laboratório de Controle de Qualidade Acreditado ISO 17025.
A acreditação ISO 17025 não é um mero selo de gestão; ela garante a competência técnica e a validade irrefutável dos resultados de análises físico-químicas de matérias-primas e produtos acabados.
No complexo e moroso processo de registro de novos produtos no Brasil (MAPA, ANVISA, IBAMA), a credibilidade dos dados de testes (como a Análise de 5 Batches, toxicologia e ecotoxicologia) fornecidos por um laboratório ISO 17025 mitiga significativamente o risco regulatório. Isso permite que o importador brasileiro acelere o time-to-market do produto, pois a validade técnica dos dados analíticos é inquestionável, removendo um dos maiores gargalos burocráticos do setor.
O posicionamento estratégico da AGROFUTURO é explicitamente o de parceiro de tolling (industrialização terceirizada), oferecendo serviços de Formulação, Fracionamento e Desenvolvimento de Produtos. O fato de a empresa já atender clientes importantes no Brasil valida tanto a qualidade de sua formulação quanto a eficiência da logística no eixo Paraguai-Brasil.
A Tabela 3 resume a capacidade instalada e a credibilidade regulatória da AGROFUTURO:
Tabela 3: Síntese da Capacidade e Compliance da AGROFUTURO Paraguay S.A.
Área Operacional | Métrica/Referência | Significado Estratégico para o Parceiro Brasileiro (Tolling) |
Capacidade de Formulação Anual | 50.000.000 Litros/Kg | Escala comprovada para atender à demanda de grandes players brasileiros. |
Certificações de Gestão | ISO 9001, 14001, 45001 | Garante a adesão a padrões internacionais de qualidade, ambiental e segurança. |
Certificação Laboratorial | ISO 17025 Acreditada | Acreditação essencial para acelerar e garantir a validade dos dados de registro no Mercosul/Brasil. |
Oferta de Serviços | Formulação, Fracionamento, Desenvolvimento de Produtos | Confirmação explícita do modelo de Tolling industrial, porta de entrada de baixo risco para o mercado brasileiro. |
Conclusão Estratégica: A Convocação à ação e o domínio de custos regional
A industrialização de insumos agroquímicos no Paraguai, sob o amparo da Lei Maquila, não é uma opção, mas um vetor estratégico inadiável para a competitividade do agronegócio brasileiro. A reengenharia da cadeia de suprimentos (China TGAI → Paraguai Formulação → Brasil) cria um patamar de eficiência regional, fundado na sinergia da Tripla Vantagem Competitiva:
- Vantagem Fiscal: Carga tributária reduzida a um Imposto Único de 1% sobre o VAN, com garantia de invariabilidade por até 20 anos.
- Vantagem Logística: Eliminação da “taxa do frete da água,” reduzindo o custo de transporte intercontinental em até 10 vezes.
- Vantagem Operacional: Benefício da energia elétrica ultracompetitiva de Itaipu, reduzindo drasticamente o OPEX [1].
Esta combinação posiciona as empresas que adotam a estratégia maquila em uma situação de domínio de custos em relação à concorrência doméstica. A provocação à indústria brasileira é direta: a persistência na importação de produto final asiático ou na industrialização interna de alto custo é uma escolha por operar abaixo da margem competitiva. O Paraguai oferece a rota mais rápida e eficiente para o domínio de custos e o acesso ao mercado com Tarifa Zero via Mercosul.
Para as empresas brasileiras que buscam otimizar a formulação de produtos de baixa concentração de ativo, a parceria de tolling com empresas certificadas e de grande capacidade, como a AGROFUTURO Paraguay S.A. (50 milhões L/Kg anuais e laboratório ISO 17025), oferece a via de acesso mais segura e rápida, eliminando o CAPEX de uma nova fábrica e o risco regulatório.
O Paraguai, com sua estabilidade jurídica, sua liderança na simplificação fiscal e sua vantagem logística, consolidou-se como o epicentro inegável da eficiência industrial na América do Sul, fornecendo a base para a sustentabilidade e a competitividade do agronegócio regional.
Renato Cesar Seraphim – Engenheiro Agrônomo com mais de 30 anos de experiência. Desde janeiro de 2025 esta atuando como conselheiro de empresas , palestrante e mentor de líderes do agronegócio e de startups e empresas, também está atuando como professor de inovação e marketing em escolas de negócio como Agroadvance, terras gerais , elevagro e Agroadvance.