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Governo atualiza medidas fitossanitárias para controle do greening em citros

O Ministério da Agricultura atualizou o Programa Nacional de Prevenção e Controle da Huanglongbing, ou Greening (PNCHLB), principal doença que ataca os pomares de citros do país. Houve alterações nos critérios e procedimentos para a classificação e manutenção do status fitossanitário dos Estados brasileiros, além de medidas de prevenção e controle em todo o território nacional.
O programa é voltado ao combate dos agentes causadores do greening (Candidatus Liberibacter americanus e Candidatus Liberibacter asiaticus).
Portaria publicada pelo ministério define que as unidades federativas serão classificadas de acordo com a ocorrência ou não do HLB. Para manter o status “sem ocorrência”, os Estados deverão realizar levantamentos fitossanitários anuais de detecção da doença e ter o cadastro georreferenciado atualizado de propriedades produtoras de laranja, limão e tangerina.
Os Estados deverão realizar ainda monitoramento do inseto vetor da doença (Diaphorina citri) em áreas de risco de introdução das pragas para verificar se ele é portador das bactérias. Será obrigatório ainda o controle do trânsito de material de propagação de plantas hospedeiras da praga e a elaboração e execução de plano de ação.
A Secretaria de Agricultura de São Paulo destacou que, entre as principais alterações do PNCHLB, destacam-se os critérios de eliminação de plantas e o fim da eliminação facultativa de plantas de citros com idade igual ou superior a nove anos.
O programa também prevê a erradicação de plantas de murta (Murraya paniculata) próximas aos pomares comerciais, independentemente da existência de sintomas de greening e proíbe o trânsito de plantas ou partes de plantas de murta oriundas de áreas com ocorrência da doença.
O PNCHLB ainda estabelece que toda a produção nacional de mudas e borbulhas, independentemente do status fitossanitário do Estado, deverá ocorrer em ambiente protegido por tela antiafídica, com malha de abertura máxima de 0,87 x 0,30 mm. A medida já é adotada em São Paulo.
A partir dessa atualização, os órgãos estaduais de defesa sanitária vegetal serão responsáveis por deliberar sobre a complementação dos critérios de erradicação de plantas, definir a sistemática de fiscalização e estabelecer a padronização na entrega dos dados oriundos das vistorias realizadas pelos citricultores. Essa prerrogativa viabiliza a adoção de medidas fitossanitárias regionalizadas, como o risco epidemiológico, aspectos econômicos e condições climáticas, com o objetivo de ampliar a efetividade do controle do greening.
Fonte: Globo rural, publicado em 08/07/2025
Fonte da imagem: Freepik