Melhoramento genético ajuda no rendimento de soja na China

Pesquisadores chineses desenvolveram novas linhas de cultivo de soja usando melhoramento genético, aumentando potencialmente o rendimento e o conteúdo da proteína da cultura.

A soja é a principal fonte mundial de proteína vegetal para alimentação humana e animal, e a segunda maior fonte de óleo vegetal. No entanto, a China, um grande consumidor, depende fortemente das importações devido ao seu rendimento relativamente baixo de soja.

A pesquisa, cujos detalhes foram publicados na Nature Plants, na quinta-feira, abordou essa temática. Os cientistas usaram o melhoramento genético para criar mutantes de soja com “capacidade de nodulação” melhorada, um fator chave na fixação de nitrogênio do ar. Isso permite que as plantas capturem mais nitrogênio, um nutriente vital para o crescimento e a produção de proteínas. Um mutante promissor, ric1a/2a, demonstrou alocação equilibrada de carbono e melhor aquisição de carbono e nitrogênio.

Os testes de campo ao longo de três anos mostraram que as linhagens ric1a/2a produziram rendimentos 10% a 20% maiores e um pouco mais de proteína em comparação com uma Hua Chun-6, variedade chinesa líder, e tudo isso mantendo o teor de óleo adequado.

“Isso demonstra que o melhoramento genético para uma nodulação ideal melhora o rendimento e a qualidade da soja”, disse Guan Yuefeng, um dos autores do estudo e professor da Universidade de Guangzhou.

A investigação segue as diretrizes de 2022 da China para avaliar a segurança das culturas geneticamente melhoradas, que exigem a utilização de locais experimentais e a aquisição de certificados de segurança antes de um cultivo mais amplo. A equipe pretende aplicar a tecnologia a outras variedades de soja no mercado interno e, no longo prazo, com as culturas como amendoim e alfafa.

O desenvolvimento oferece uma solução potencial para aumentar a produção doméstica de soja e a disponibilidade de proteínas na China, o que reduziria a dependência das importações e contribuiria para a segurança alimentar global.

Fonte: Agropages, publicado em 16/05/2024

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