MERCADO
Adama prevê maiores faturamento e participação de mercado com novo fungicida
A companhia de agroquímicos Adama elevou sua projeção de faturamento para este ano no Brasil e projeta quintuplicar nos próximos sua participação no mercado de fungicidas destinados à ferrugem da soja, após anunciar o lançamento de um novo produto nesta semana, disse à Reuters o presidente da empresa no país.
Controlada pela chinesa ChemChina, a Adama investiu ao longo dos últimos dois anos 11 milhões de dólares na expansão de suas unidades em Taquari (RS) e Londrina (PR) para fabricação do princípio ativo “Picoxystrobin” e formulação do fungicida usado no combate à principal doença da soja.
Conforme Rodrigo Gutierrez, à frente da Adama Brasil após passagens por Bayer e Monsanto, tal produto permite maior “flexibilidade” na aplicação durante diversos momentos do ataque pelo fungo, e não apenas no início do problema.
“Esse produto ajudará a alavancar nosso crescimento neste ano. Devemos faturar 120 milhões de dólares a mais do que em 2017, em torno de 600 milhões de dólares… E nossa expectativa é buscar nos próximos três anos quintuplicar nossa participação no mercado de produtos para ferrugem, hoje em 2 por cento”, afirmou o executivo.
Anteriormente, a Adama Brasil previa um faturamento de 580 milhões de dólares para este ano.
Segundo Gutierrez, há também perspectiva de exportação do novo fungicida para Paraguai e Bolívia ainda neste ano.
“Ele vai representar 14 a 15 por cento das nossas vendas em 2018. Ainda não será o carro-chefe, mas será um dos principais. No ano que vem certamente será.”
Figurando entre as cinco maiores do setor de defensivos no Brasil, atrás de gigantes como Bayer e Syngenta, a Adama, de Israel, tem buscado reforçar sua posição no mercado nacional, que gira em torno de 10 bilhões de dólares ao ano.
As vendas de defensivos respondem por cerca de 90 por cento do faturamento da companhia no Brasil, país responsável por um quinto da receita global da Adama.
DCI, 22/05/2018
Fonte Imagem: Reprodução