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Custo dos inseticidas sobe 23,5% em um ano, segundo Imea

Custo dos inseticidas sobe 23,5% em um ano, segundo Imea


A colheita das lavouras de soja está na reta final em Mato Grosso e muitos agricultores já estão atentos aos custos da próxima safra, que será plantada a partir da segunda quinzena de setembro. A compra antecipada dos insumos é uma estratégia usada em várias fazendas, na tentativa de acertar o “timing” e escapar dos movimentos de alta nos preços dos insumos.

 Como os custos de uma safra envolvem um conjunto de itens, é importante analisar cada ponto individualmente aqueles que apresentarem mais oscilações, e que tenham – evidentemente – um peso significativo no valor final das despesas. Seguindo este raciocínio, vale prestar atenção nos preços dos inseticidas.

 Segundo acompanhamento mensal divulgado pelo Imea, o agricultor que comprou em fevereiro os insumos para a safra 2018/19, gastou em média R$ 323,43 por hectare com a aquisição de inseticidas (produtos usados para matar pragas no campo). O valor é maior que o registrado em janeiro (R$ 315,67) e supera em muito o praticado em fevereiro do ano passado, que ficou em R$ 261,85 por hectare. Diferença de 23,5% em um ano!

 No âmbito geral, os inseticidas representam cerca de 16% das despesas com o chamado “custeio da lavoura”, que envolve ainda gastos com operação de máquinas, mão-de-obra, sementes (de soja e de cobertura), corretivos de solo, fertilizantes (macronutrientes e micronutrientes), fungicidas, herbicidas e adjuvantes. Em fevereiro o pacote para um hectare de soja com todos estes “itens” custou em média R$ 1.974,47 em Mato Grosso. O valor é maior que o contabilizado em janeiro (R$ 1.900,61) e também supera o de fevereiro do ano passado (R$ 1.955,74).

 Vale lembrar que na análise feita pelo Imea, ainda compõem o custo de produção as chamadas “despesas variáveis”, que englobam seguro agrícola, transporte externo, armazenagem, classificação e beneficiamento, impostos e taxas, manutenção de máquinas e implementos e despesas administrativas, e os gastos com pagamento de juros.

 Também entram na conta os custos fixos (depreciação de benfeitorias, máquinas e implementos; encargos, seguro do capital fixo, manutenção das benfeitorias e arrendamento da terra), além do custo operacional (remuneração esperada sobre capital e terra).

 Somando tudo, o custo – em fevereiro – para semear um hectare de soja transgênica na próxima safra em Mato Grosso girou em torno de R$ 3.495,83.

Canal Rural, 27/03/2018

 

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