A participação dos inseticidas nas vendas totais de defensivos agrícolas aumentou no ano passado devido à intensificação do combate à helicoverpa, lagarta que ameaçou as lavouras do país.
A fatia dos inseticidas chegou a 40% do total vendido em 2013, com as vendas passando de US$ 3,5 bilhões para US$ 4,5 bilhões, segundo Eduardo Daher, diretor-executivo da Andef (Associação Nacional de Defesa Vegetal).
Os inseticidas apresentaram a maior contribuição para o crescimento de 17,9% nas vendas de defensivos agrícolas em 2013, para US$ 11,5 bilhões. Esse volume garante ao Brasil a liderança no mercado de defensivos no mundo, com 21% do total.
Durante muito tempo líderes em vendas, os herbicidas aparecem na segunda posição no critério de participação de mercado, com 33%.
Já os fungicidas, que em anos anteriores ganharam importância por causa do combate à ferrugem asiática, ficou com uma fatia de 23%.
A soja foi, disparado, a cultura que mais recebeu aplicações de defensivos. Do total vendido, 51% foram destinados à oleaginosa. A cana foi a segunda cultura a receber mais tecnologia (com uma fatia de 10%), à frente do milho (9,6%) e do algodão (9%).
Entre os principais Estados consumidores de defensivos, o destaque fica com Mato Grosso, que concentrou 22% das vendas totais.
Na segunda posição aparece São Paulo, com 14% de participação, seguido por Paraná (12%), Goiás e Rio Grande do Sul -ambos com 10%.
Segundo Daher, os defensivos genéricos representaram 55% das vendas.
Folha de S. Paulo, 02/08/2014