Monsanto e Bayer ampliam aportes em “venture capital”

As gigantes do agronegócio estão semeando suas próprias sementes de “venture capital” (capital de risco). Empresas de biotecnologia como Monsanto e Bayer estão entre as companhias que recentemente criaram ou expandiram unidades de investimento para financiar novos empreendimentos agrícolas.

Como uma onda de empreendedorismo varre o cinturão agrícola americano, as empresas querem garantir que não perderão ferramentas de ponta para a formulação de alimentos e prevenção de pragas, dizem essas companhias.

Geoff Kneen, chefe para novos negócios da unidade agrícola da Bayer na América do Norte, disse que a empresa vê o investimento em capital de risco como um meio para adaptar a inovação do setor aeroespacial e de outros setores, que poderiam ajudar a aproveitar enormes quantidades de dados recém-disponíveis sobre a produção de alimentos.

Em fevereiro, a Bayer formou um novo fundo de US$ 150 milhões focado em tecnologia agrícola com as firmas de investimento Finistere Ventures e AVAC.

A Monsanto começou no fim de 2012 a detectar e explorar as capacidades que não tem internamente por meio da Monsanto Growth Ventures. O esforço também ajuda a identificar aquisições, incluindo o negócio de US$ 930 milhões fechado em 2013 com a Climate Corp., uma empresa de dados meteorológicos que agora é o carro-chefe para impulsionar a Monsanto em serviços agrícolas computadorizados.

“Queríamos dar um passo mais perto dos empreendedores, um passo mais perto dos cientistas”, disse Steve Padgette, chefe de estratégia de investimento em pesquisa e desenvolvimento da Monsanto, que ajuda a liderar a divisão. Ele não informou o montante que a Monsanto colocou em seus investimentos de risco.

A rival Syngenta também está cultivando startups (empresas nascentes). Seu braço de “venture” ajudou a levantar fundos de US$ 7,3 milhões para a AgriMetis LLC, que tem o objetivo de sintetizar moléculas que as plantas produzem naturalmente para se defender contra as pragas.

Valor,  06/04/2015