MERCADO

Muito mais concentrado

Muito mais concentrado


Nos últimos anos, a concentração de empresas do setor de insumos tem acontecido de forma intensa globalmente. E esse movimento deve continuar porque ainda há grupos com potencial para fusões e aquisições. Os últimos lances envolveram cinco gigantes, em dois negócios diferentes. Um entre as alemãs Bayer e a Basf. E o outro entre a Syngenta, a Adama e a Nufarm. No caso das duas alemãs de biotecnologias, a Bayer Crop Science, uma das mais sólidas do setor, vendeu para a Basf, por US$ 7 bilhões, a sua tecnologia de glufosinato de amônio, a LibertyLink para tolerância a herbicidas. Também foi no pacote todos os negócios de sementes de culturas de campo, entre elas soja e milho. Esses ativos renderam à empresa cerca de US$ 1,4 bilhão no mundo, em 2016. Para a Bayer, foi um dos passos mais ousados de sua historia, desde a fundação em 1863. O desinvestimento, que também vai ajudar no pagamento da compra da Monsanto, realizada em setembro de 2016 por US$ 66 bilhões, vai levar a alemã a um novo patamar no domínio tecnológico: a pesquisa genética de sementes, que deve ser mais intensa nas próximas décadas. Nessa área, a Monsanto já domina há décadas e com folga a corrida por inovações. o caso de Syngenta, Adama e Nufarm, o movimento foi provocado por agentes reguladores da União Europeia. Eles obrigaram a asiática ChemChina, que já era dona da israelense Adama e que comprou a suíça Syngenta por US$ 43 bilhões, no ano passado, a se desfazer de parte dos negócios. Foram negociados uma série de ativos por US$ 540 milhões à australiana Nufarm. Apenas em registros de produtos no mercado europeu estavam no pacote cerca de 260 patentes no valor de US$ 490 milhões, mais 50 fórmulas de proteção a lavouras, além de inventários e estoques de herbicidas, inseticidas e produtos para tratamento de sementes e de lavouras.

Dinheiro Rural, 06/12/2017

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