MERCADO
Preços de agroquímicos na China caem com menor demanda
Em março, a China começou a reiniciar suas fábricas seguindo as recomendações para controle do COVID-19. Apesar da China ainda sofrer com dificuldades logísticas. Em comparação a fevereiro de 2019, a taxa de transporte de carga em fevereiro 2020 se apresentou cerca de 20% a 30% menor no leste da China e 10% a 20% inferior no Sudoeste da China. No entanto, em março, o transporte de carga já apresentou uma recuperação significativa.
O fornecimento de agroquímicos em março foi muito apertado devido ao baixo estoque de ingredientes ativos. A incerteza deixou os gerentes de compras preocupados com a oferta da China e os preços aumentaram em alguns ingredientes ativos. A pandemia atingindo a UE e os EUA complicaram ainda mais a situação.
Existem alguns casos de cancelamento de pedidos de exportação. Elevando os estoques de de herbicidas e inseticidas e consequentemente reduzindo o o preço destes produtos. Já com os fungicidas está ocorrendo o oposto, pois os estoque estão mais baixos, o que tem elevado o preço.
Herbicidas
O preço do Cletodim subiu 11% em março devido a baixa taxa de operação e a escassez de matéria-prima. No entanto, a produção do Glifosato está se recuperando e o transporte em Fuhua, principal produtor chinês está quase normalizada. Esses fatores, associado à fraca demanda no exterior, tem levado diminuição do preço do Glifosato.
Fungicidas
Em relação aos fungicidas, os fungicidas do grupo químico triazol ainda estão escassos. Isso ocorre porquê, juntamente com a limitação da operação, há uma forte demanda por Difenoconazol e Tebuconazol, uma vez que estes fungicidas foram amplamente co-formulados com o grupo das estrobilurina, como Azoxistrobina, Trifloxistrobina e Piraclostrobina, etc, como pode ser observado nos portfólios de empresas multinacionais como Bayer, Syngenta e ADAMA, respectivamente com os produtos Nativo, MIRAVIS e Bumper.
Fonte: Agribusiness, 21/04/2020