MERCADO
Albaugh planeja ocupar 50% do mercado de fungicidas até 2022
A companhia de origem americana Albaugh apresentou na cidade de São Paulo sua estratégia de negócios voltada à cultura da soja. Com o lançamento, este mês, do produto Reconil®, a Albaugh acelera seus planos para ocupar até 2022 a fatia de 50% do mercado de fungicidas protetores à base de cobre. Reconil® obteve registro para controle da doença Cercospora kikuchii e poderá ser aplicado, também, integrado a sistemas de manejo de doenças de final de ciclo da oleaginosa.
De acordo com o diretor comercial e de marketing da Albaugh Brasil, engenheiro agrônomo Paulo Tiburcio, Reconil® será o principal produto da empresa na safra 2018-19. Já para a safra 2019-20, revela o executivo, a expectativa da companhia é ter ampliado seu portfólio de fungicidas para soja, ante à perspectiva da concessão de registro a uma nova plataforma de produtos.
“Planejamos entregar ao mercado a linha de fungicidas cúpricos mais eficaz do mercado, de nome Hibio, reforçada pela alta bioatividade do composto íon-cobre”, adianta Tiburcio.
Presente no Brasil há pouco mais de dois anos, a Albaugh está entre as empresas que mais crescem no setor de agroquímicos. Focada no mercado de produtos genéricos, a companhia avalia que o aumento de casos de resistência de fungos às moléculas químicas de fungicidas sistêmicos, conforme relatam estudos científicos, tornaram os fungicidas multissítios indispensáveis ao produtor de soja.
Especialistas asseguram que somente o uso alternado de fungicidas sistêmicos e fungicidas multissítios, o chamado manejo de resistência, prolongará por mais tempo a suscetibilidade de fungos às moléculas químicas disponíveis no Brasil para controle de doenças da soja. Segundo informa Tiburcio, atualmente os produtos multissítios à base de mancozeb, clorotalonil e cobre “são os que transferem mais benefícios ao manejo de resistência”.
“Esses três ingredientes ativos respondem por 35% do mercado potencial de multissítios e chegarão a uma fatia de 80% em 2020. O segmento deverá saltar de 200 milhões de dólares para 400 milhões de dólares, pois tais produtos se consolidam safra após safra. Os cúpricos reúnem melhor desempenho agronômico e vantagem competitiva no preço”, complementa Daniel Friedlander, gerente de marketing da Albaugh Brasil.
Presidente da empresa no Brasil, o executivo Renato Seraphim destaca que a matriz planeja investir R$ 500 milhões nos próximos dois anos, R$ 200 milhões acima do montante anunciado no desembarque do grupo no País, em 2015. “Este aumento está atrelado à redução da oferta de matérias-primas e ao encarecimento da produção de defensivos”, diz Seraphim.
O executivo acrescenta que o crescimento de negócios da Albaugh no mercado de fungicidas multissítios e a construção de uma planta para produzir herbicidas, no complexo industrial da empresa em Resende (RJ), no ano que vem, deverão levar a companhia ao faturamento de US$ 500 milhões no Brasil em 2022, com participação de mercado em torno de 5%.
O lançamento de produtos para cana-de-açúcar e hortifruticultura também deverá contribuir para esse resultado, conforme avalia Renato Seraphim.
Em 2017, a receita da Albaugh Brasil foi de US$ 200 milhões, e sua fatia de mercado atingiu 2,3%, ante 1,5% de 2016. Para este ano, o objetivo é chegar a US$ 270 milhões. No mundo, a Albaugh movimentou em 2017 US$ 1,4 bilhão. Seraphim espera que até 2022 a Albaugh Brasil responda por 25% dos negócios globais do grupo.
Fundada nos Estados Unidos em 1979, a Albaugh é uma empresa presente em 4 continentes, com 3 mil colaboradores. A companhia produz e distribui um amplo portfólio de agroquímicos genéricos, voltados às principais culturas agrícolas. Ancorada na oferta de insumos de alta qualidade a preços atrativos, a Albaugh está revolucionando o mercado de agroquímicos genéricos. Sua marca já é percebida no Brasil como parceira estratégica da rentabilidade do agricultor.
Bureau de Ideias Associadas, Imprensa e Com. Est., 14/08/2018
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