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Setor agroquímico da Índia se vê preocupado ante o menor consumo

Setor agroquímico da Índia se vê preocupado ante o menor consumo


A indústria de agroquímicos da Índia (de US$ 3.48 bilhões) encontra-se sob estresse severo de frente ao crescimento futuro, devido ao esforço intensificado do governo por utilizar sementes híbridas de proteção tolerantes para minimizar o uso de agroquímicos no campo.

Atualmente, o consumo de agroquímicos da Índia é um dos mais baixos do mundo, 0,6 kg por hectare. Número baixo, comparando inclusive com outros países que possuem menos terras cultiváveis. Taiwan, Japão e Coreia do Sul, por exemplo, possuem maior consumo que a Índia. Isso coloca em destaque o baixo uso de agroquímicos e as oportunidades sem explorar as empresas indianas.

“A introdução de sementes de proteção tolerantes pode reduzir o uso de agroquímicos no futuro”, disse Swapan K. Datta, subdiretor-geral do Conselho Indiano de Pesquisa Agrícola, em mesa redonda denominada “Enfrentando os desafios da segurança alimentar”, em seminário organizado pela Confederação das Indústrias da Índia.

A introdução dessas sementes resistentes ao calor e à seca reduzirá o uso de aerossóis químicos no cultivo em pé, o que também minimizará o risco de resíduos de praguicidas na produção de produtos básicos e também o custo da produção agrícola.

O Comitê de Aprovação de Engenharia Genética da Índia (GEAC) concedeu aprovação para 11 novas sementes modificadas geneticamente para testes em campo. “Esse é o primeiro passo para uma atenção maior às sementes híbridas e menor uso de agroquímicos”, disse Datta.

Empresas multinacionais como Monsanto, Syngenta, Rallis, Bayer CropScience e Advanta introduziram variedades melhoradas de sementes híbridas tolerantes ao calor, insetos, ervas daninhas e inundações, resultando em uma ameaça clara para o crescimento da indústria de agroquímicos da Índia, apesar da produção recorde mundial de produtos agrícolas.

Agropages

16/04/2014

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