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Syngenta lucra US$ 1,22 bilhão no primeiro semestre, queda de 12%

Syngenta lucra US$ 1,22 bilhão no primeiro semestre, queda de 12%


A multinacional de agroquímicos e sementes Syngenta informou hoje que teve um lucro líquidode US$ 1,22 bilhão no primeiro semestre deste ano, queda de 12% na comparação com o mesmo período do ano passado. Na mesma base de comparação, o lucro por ação caiu 6%, para US$ 14,70. 

As vendas semestrais da empresa somaram US$ 7,6 bilhões, com queda anual de 10%, em razão da depreciação da maioria das moedas em relação ao dólar. 

Mas se as vendas fossem consideradas com o câmbio constante, haveria um crescimento de 3% no resultado, informou a Syngenta. No período, os preços dos produtos da Sygenta subiram 6 %, mas em volume houve queda nas vendas de 3%. De acordo com o comunicado da empresa, se fossem excluídas as vendas de glifosato, o resultado total teria aumentado 6%. 

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, amortizações e depreciações) ficou em US$ 2 bilhões no semestre, com queda de 5% na comparação com o mesmo período de 2014. Com o câmbio constante, o Ebitda teria crescido 21%. A margem Ebitda ficou em 26,2% e, com o câmbio constante, 29,2%. 

As despesas financeiras da Syngenta somaram US$ 101 milhões no semestre, praticamente semelhantes ao mesmo período do ano passado. 

“Em 2015, nossa indústria tem experimentado continuidade na queda dos preços das commodities e nos lucros dos produtores. Apesar desse desafio e da nossa decisão de reduzir as vendas de glifosato, obtivemos um crescimento de vendas a taxa de câmbio constante de 3% no primeiro semestre”, afirmou o CEO da Syngenta, Mike Mack, em comunicado.

O executivo também destacou que a empresa tem sido capaz de compensar “em grande parte” a desvalorizão das moeadas nos mercados emergentes, o que “mitigou o impacto das moeadas no Ebitda”.

“A realização do nosso programa de aceleração da alavancagem operacional também contribuiu para elevar nossa margem, demonstrando que estamos no caminho certo para entregar uma rentabilidade sustentável”, completou.

Durante a apresentação dos resultados da empresa, o CEO da Syngenta voltou a criticar a oferta de US$ 45 bilhões feita pela Monsanto para adquirir a empresa suíça. Segundo ele, um acordo com a empresa americana é “inadequado em muitas perspectivas” e muito arriscado.

Anteriormente, a já havia Syngenta declarado que um acordo com a rival passaria por longas avaliações de reguladores e poderia ser rejeitado. “Demos nossa resposta em abril, o mesmo em maio e o mesmo em junho e eles continuam a fazer muito barulho”, declarou Mack em entrevista ao The Wall Street Journal. “A resposta ainda é não, na incerteza do negócio, no risco e no valor”.

 

Valor,   24/07/2015

Imagem: Exame

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