NOVAS TECNOLOGIAS
Bayer investe R$125 milhões em pesquisas no Sertão de Pernambuco
A Bayer anunciou investimento de £ 24 milhões (R$ 125 milhões, na conversão direta) para a construção de novos laboratórios, estufas e compra de equipamentos em seu Centro de Desenvolvimento, localizado em Petrolina, Sertão de Pernambuco.
Inauguradas após o investimento da Bayer, as novas áreas de cultivo protegido são usadas para o cruzamento de soja. São 16 novas estufas, com ambiente controlado que servem para o desenvolvimento de tecnologias do grão. A unidade de Petrolina é responsável pela produção de variedades de soja e híbridos de milho e criação de novas linhagens.
Para a líder de Operações de Desenvolvimento de Produtos da Bayer em Petrolina, Marijke Daamen, a cidade é um celeiro estratégico para a produção de biotecnologia. “As razões da Bayer vir para Petrolina são as mesmas da fruticultura. O clima é estável, 8° ao sul da linha do Equador, tem temperaturas altas, com um número de hora-luz e disponibilidade de água”, destaca.
Ainda segundo Marijke, o investimento é o maior da América do Sul na área de pesquisa e desenvolvimento. “A nova área de cultivo protegido será fundamental para centralizar processos antes executados em diversos países”, ressalta Marijke.
Para se ter uma ideia da complexidade no processo de produção de um grão de semente, cerca de 13 anos são empregados em todas as fases para chegar a um resultado final. Milhares de testes são realizados e cerca de 55 mil cruzamentos são feitos para que seja produzido o grão ideal. Além disso, há a burocratização que dificulta o processo, que leva, em média, dois anos para aprovação nacional.
Segundo a Bayer, pela proximidade com a região do Vale do São Francisco, isso a coloca em vantagem em relação a outras regiões.
A unidade da Bayer em Petrolina é o maior centro de pesquisa da companhia no hemisfério Sul. O centro tem capacidade para desenvolver soja e milho em todas as semanas do ano para fins científicos e de inovação. A unidade da Bayer em Petrolina foi instalada no ano de 2010 e emprega até 1 mil pessoas no pico da safra.
Fonte: Folha de Pernambuco, 15/06/2022
Fonte da Imagem: Pixabay