Empresa mineira cria plataforma que reduz uso de defensivos agrícolas

Strider reúne informações da lavoura, ajuda a encontrar focos de pragas e traz economia ao produtor

Um dos pontos fortes da economia brasileira é a agricultura. Segundo levantamento realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a estimativa de produção de grãos 2015/2016 deve ser de 196,5 milhões de toneladas. Pensando nesse mercado é que surgiu o Strider, uma plataforma para controle operacional de lavouras.

Líder de mercado, a empresa belo-horizontina criada por Gabriela Mendes, Luiz Tângari e Carlos Gonçalves, encontrou na carência de softwares para o agronegócio a oportunidade de otimizar e reduzir custos nas plantações. Os produtores recebem tablets exclusivos para uso da plataforma, que permite acompanhar toda o cultivo, sua qualidade, fenologia, monitoramento de problemas como pragas e doenças, e gerar dados off-line para, posteriormente, ter um relatório completo. O Strider oferece, ainda, alertas de problemas, de pulverizações e de atividades atrasadas.

No Strider todo o trabalho de campo é georreferenciado, apontando o local exato dos focos e o início de ataques de pragas e doenças. O agrônomo consegue fazer o controle exato de quanto defensivo deve ser usado para cada parte da plantação. Segundo a cofundadora Gabriela Mendes, clientes da última safra relataram uma economia de 15% no uso de produtos.

A plataforma traz retornos rapidamente, garante ela. “Com a coleta de informações confiáveis e a tomada de decisão rápida, o uso de defensivos se torna mais assertivo, gerando economia. Com o tempo, o produtor terá um histórico de fácil de leitura das safras passadas. Isso permite conhecer a eficácia de produtos, problemas comuns, e também a incorporar práticas que geraram bons resultados”, explicou.

A plataforma cresceu tanto que possui clientes nos Estados Unidos e tem recebido pedidos de várias partes do mundo. “Felizmente construímos um software que se adequa a diversos tipos de culturas e metodologias sem precisar se reestruturar para isso”, revelou a cofundadora.

SIMI, Sistema Mineiro de Inovação, 28/07/2016