NOVAS TECNOLOGIAS
Estudo sobre nanopesticidas mostra resultados promissores
A liberação de fatores-chave em resposta é um dos principais objetivos do projeto de desenvolvimento de nanopesticidas, isso permite que, uma vez que um patógeno infecte a planta, o defensivo pode ser liberado de forma inteligente e eficiente para o alvo sob o transporte de nanomateriais. Esse é o estado ideal para liberação dos nanopesticidas.
Quando esses patógenos infectam as plantas, há a produção de espécies reativas de oxigênio (ROS) e é com base nisso que o grupo de pesquisa de nanotecnologia do professor Liu Xili (FPPR), realizou pesquisas sobre a preparação e eficácia de nanofungicidas responsivos a contra o mofo cinzento.
A revista científica Journal of Materials Chemistry B publicou recentemente um artigo da equipe FPPR intitulado “Fabricação de nanopartículas responsivas a ROS modificando a parede interna dos poros da sílica mesoporosa para entrega inteligente de azoxistrobina”.
Neste estudo, as espécies reativas de oxigênio foram preparadas modificando grupos químicos da sílica mesoporosa (MSN). Essas nanopartículas de MSN são responsivas para carregamento de químicos, assim foi obtida a nanopartícula de azoxistrobina ligada a MSN, que apresentam características significativas de liberação de resposta de espécies reativas de oxigênio.
Os estudos mostraram que o nanocarreador pode se mover horizontalmente nas folhas e entrar no interior das hifas do fungo patogênico, mostrando excelentes capacidades de condução e difusão. Em comparação com a suspensão de azoxistrobina disponível comercialmente, as nanopartículas contendo o defensivo mostraram um efeito melhor na inibição de germinação de esporos e no controle da espécie fúngica Botrytis cinérea. Além disso, a molécula não tem efeitos adversos no crescimento das culturas e tem maior biossegurança.
Fonte: Jsppa, publicado em 10/01/2024
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