NOVAS TECNOLOGIAS
Mapa pretende ampliar Análise de Risco de Pragas na área vegetal
Mapa pretende ampliar Análise de Risco de Pragas na área vegetal
Uma rede de inteligência formada por cientistas e especialistas está sendo montada com o objetivo de ampliar a Análise de Risco de Pragas (ARP) no Brasil. Para isso, a Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) está firmando novas cooperações técnicas com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e parcerias com instituições de ensino e centros colaboradores. Esta proposta visa reduzir as vulnerabilidades do agronegócio com o fortalecimento da proteção do País contra a entrada de pragas quarentenárias ausentes no Brasil, ou erradicadas, como foi o caso da Cydia pomonella. Esse trabalho será coordenado pelo Departamento de Sanidade Vegetal (SDA/DSV), com ênfase nas sementes e mudas.
“A análise de risco de pragas é a ferramenta científica que sustenta o comércio internacional de vegetais”, explica Luís Rangel, diretor do DSV. Para ele, há a necessidade de ampliação do número de especialistas em ARP para incremento da qualidade do processo de análise e a valorização dos requisitos fitossanitários na importação e nas renegociações internacionais do Mapa. “Assim, poderemos direcionar estrategicamente os trabalhos científicos ao que é de interesse para a política pública brasileira”, diz Rangel.
Etapas – Com a ampliação proposta pelo DSV, essas análises seriam divididas em três etapas, visando o mercado interno. As duas primeiras seriam protagonizadas pelos especialistas e cientistas, que se responsabilizariam pelo levantamento e pela análise de risco. A etapa final seria de responsabilidade dos Fiscais Federais Agropecuários do Mapa. Eles trabalhariam no gerenciamento de risco. “Fazendo esse tipo de ação, a capacidade operacional seria maior e o foco seria mais preciso”, explica Rangel.
A garantia promovida por essa rede assegura condições ao setor privado de prospectar a abertura de novos nichos para o comércio internacional: “O DSV quer utilizar a boa ciência produzida no Brasil em prol do agronegócio”, finaliza Rangel.
Cultivar, 02/03/2015