SUSTENTABILIDADE
Bioinsumos e produtos premium atingem 60% da receita da UPL
Atualmente, a empresa UPL do Brasil, tem 60% de sua receita em produtos biológicos de origem natural e soluções diferenciadas, incluindo a linha premium, conforme destacado por Giuliano Scalabrin, diretor de negócios no Brasil da Natural Plant Protection (NPP), uma unidade de negócios do grupo focada na linha da sustentabilidade.
O resultado está alinhado com o planejamento da UPL, que visa dividir sua receita internacional em 50% de produtos químicos tradicionais e 50% de produtos “sustentáveis” até 2027. Em 2022, a operação global da multinacional de origem indiana gerou mais de US$ 6 bilhões em receitas de fertilizantes e defensivos.
O portfólio brasileiro da UPL, incluem 13 produtos da “linha sustentável”, divididos entre nutrição, bioestimulação e soluções para biocontrole de pragas e doenças. Segundo Giuliano Scalabrin, o objetivo da empresa é lançar mais produtos NPP no mercado, buscando equilíbrio de gestão, com os biológicos complementando e sendo associados aos defensivos tradicionais.
O diretor afirmou que mais três produtos estão com lançamento previsto para 2024 para “aumentar a eficiência do nitrogênio, um dos grandes pontos de atenção para o equilíbrio de carbono”. “Não queremos trabalhar com sintéticos. Entramos nesse mercado pensando que precisamos focar cada vez mais na fitossanidade e trabalhar na produção de alimentos de forma sustentável”, ressaltou o diretor.
Além disso, Scalabrini informou que os bioinsumos ainda têm maior presença em culturas importantes como soja e milho, sendo mais adotados pelos grandes agricultores. Portanto, um dos seus objetivos como chefe da NPP é levar estas soluções sustentáveis aos pequenos agricultores e até mesmo aos agricultores orgânicos. A multinacional intensificou parcerias com cooperativas e distribuidores brasileiros para concretizar esse plano.
“Esse mercado de melhor aproveitamento dos nutrientes do solo por meio de microrganismos vai crescer significativamente. Já estamos trabalhando na solubilização do fósforo e no melhor aproveitamento do nitrogênio”, finalizou o executivo durante encontro com jornalistas na sede da UPL, em Campinas, interior de São Paulo.
Fonte: Agropages – Leonardo Gottems, publicado em 07/05/2024
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