SUSTENTABILIDADE

Cresce o número de recipientes de agrotóxicos descartados no Vale

Cresce o número de recipientes de agrotóxicos descartados no Vale


O Vale do São Francisco é um grande produtor brasileiro de culturas como manga e uva, gerando uma grande quantidade de recipientes vazios de agrotóxicos. Na região, houve um aumento de 22,5% na quantidade de recipientes recolhidos entre anos de 2013 e 2012 pela Central de Recebimento da Associação do Comércio Agropecuário do Vale do São Francisco (Acavasf), que abrange as cidades pernambucanas de Petrolina, Araripina, Belém do São Francisco, Cabrobó, Santa Maria da Boa Vista, Lagoa Grande, Orocó, Parnamirim, Salgueiro e outros 16 municípios vizinhos.

O diretor administrativo da Acavasf, Deusemar dos Santos, explicou que desde a fundação da central em 2002 tem acontecido um crescido no volume de recipientes recolhidos na região. De acordo com dados da associação, em 2012 foram recebidos 120 mil quilos de embalagens de defensivos agrícolas. Já no ano passado, o número chegou a 147 mil quilos em recipientes descartados.

“Muitos produtores têm feito essa devolução e a consciência está bem maior. Além disso promovemos todos os anos o recebimento itinerante, visitamos pontos estratégicos para o recolhimento e fazemos ações de conscientização ambiental” com crianças, explica Deusemar.

De acordo com a lei federal nº 9.974/00 é obrigatório o recolhimento das embalagens vazias a uma unidade de recebimento autorizada pelos órgãos ambientais. Os produtores do Vale que fazem uso de defensivos agrícolas podem entregar os recipientes gratuitamente na central da Acavasf que fica no lote 1540, Núcleo 1, Projeto Senador Nilo Coelho ou agendar a entrega pelo telefone (87) 3986 4000.

O empresário Eduardo Shoit Nakahara que cultiva manga e uva diz que já adota a prática de descarte há muito tempo. Inclusive, o destino correto às embalagens é uma exigência para as empresas que fazem a exportação de frutas.

“Fazemos a devolução por conta da questão ambiental e para evitar contaminação de lençol freático e pessoas. Devolvemos todas as embalagens de produto químico. Antes da central cada produtor dava um destino diferente, queimava, enterrava e hoje já tem um destino certo”, explica.

A orientação é que as embalagens sejam lavadas três vezes com água, perfuradas e colocadas em sacos plásticos. Além dos recipientes plásticos, as caixas de papel que abrigam os agrotóxicos e sacos aluminizados dos defensivos em pó também são destinados ao descarte. Os recipientes entregues pelos produtores serão encaminhados para reciclagem ou incineração.

G1 Petrolina, 25/04/2014

Imagem: Reprodução/TV Grande Rio

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