SUSTENTABILIDADE
Descarte de embalagens de defensivos agrícolas ficou estável em Minas
Descarte de embalagens de defensivos agrícolas ficou estável em Minas
A destinação final das embalagens de defensivos agrícolas em Minas Gerais, feita através do Sistema Campo Limpo, ficou praticamente estável ao longo dos primeiros seis meses de 2014, frente igual intervalo de 2013. De acordo com levantamento do Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (Inpev), o índice de destinação correta dada às embalagens de agroquímicos cresceu apenas 1% no primeiro semestre, com o recolhimento de 1,84 milhão de toneladas.
A falta de caminhões, devido ao escoamento da segunda safra de grãos, fez com que as embalagens ficassem estocadas nas unidades de recolhimento, o que provocou queda no índice de descarte que, no acumulado até maio, estava apresentando crescimento de 11%. A expectativa é normalizar a situação ao longo dos próximos meses e encerrar o ano com crescimento em torno de 8% em Minas.
O Sistema Campo Limpo reúne cerca de 400 unidades de recebimento, entre centrais e postos, distribuídas em 25 estados e no Distrito Federal. Essas unidades são geridas por associações e cooperativas, na maioria dos casos com apoio do Inpev.
Em Minas estão instaladas 62 unidades aptas ao recolhimento das embalagens, deste total, 11 são centrais. No início de agosto, será inaugurado um posto de recolhimento em Campo Florido, no Triângulo Mineiro. Além das unidades fixas, ao longo do ano são realizadas coletas itinerantes, ação que consiste do recebimento temporário de embalagens vazias em locais próximos às propriedades rurais.
Estoques – O engenheiro agrônomo e coordenador regional de Operações do Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (Inpev) em Minas Gerais, Jair Furlan Júnior, ressalta que as unidades de recebimento do Estado estão com os estoques cheios e a expectativa é destinar o material para reciclagem ou incineração até final de agosto.
“Tivemos problemas ao longo de junho em relação à oferta de caminhões para recolher as embalagens que estão estocadas nas centrais e postos de recolhimento, mas acreditamos que até o final de agosto a situação estará normalizada e a expectativa é ampliar a destinação em 8% no Estado. O produtor mineiro está cada vez mais consciente em relação ao descarte correto das embalagens de agroquímicos, o que evita a contaminação de pessoas e do meio ambiente”, afirma.
Segundo o Inpev, em Minas foram descartadas corretamente 1,84 mil toneladas de embalagens nos seis primeiros meses do ano. No mesmo período anterior, o volume chegava a 1,82 mil toneladas, incremento de apenas 1%. Durante junho, foram recolhidas 219,7 toneladas.
No primeiro semestre, o Estado apresentou evolução inferior à media brasileira no que se refere ao descarte das embalagens de agroquímicos. Os dados do Inpev mostram que no país foram descartadas corretamente 22,7 mil toneladas ao longo do período, evolução de 6,5% frente às 21,3 mil toneladas descartadas em igual intervalo de 2013.
As ações que visam estimular, conscientizar e ajudar os produtores a descartarem corretamente as embalagens são constates no Estado. Segundo Furlan, mensalmente, as centrais e postos de recolhimento instaladas nas principais regiões produtoras do Estado promovem o recebimento itinerante de embalagens vazias de defensivos agrícolas, o que facilita o descarte correto. A ação ocorre em parcerias com as cooperativas, o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) e a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG), que identificam as áreas de maior demanda e comunicam ao Inpev.
“Nosso foco em Minas é ampliar o recolhimento interativo, o que contribui para que os produtores, que enfrentam dificuldades de acesso às unidades fixas de recolhimento, consigam descartar os materiais de forma correta. Esse tipo de ação tem proporcionado resultados muito favoráveis”, diz Furlan.
Diário do Comércio, 31/07/2014