SUSTENTABILIDADE
Vazio sanitário começa no MT para o algodão
Começa a valer a partir desta quinta-feira (1º) o vazio sanitário do algodão em Mato Grosso. A medida vale por 60 dias e neste período fica proibida a existência de de plantas vivas de algodão nas lavouras como forma de combater pragas como o bicudo-do-algodoeiro, a mais importante da cultura.
Mato Grosso está dividido na região I, que vai do Sul até o Vale do Araguaia e tem o período de vazio até 30 de novembro e a região II, Norte e Oeste, que tem o período de vazio sanitário de 15 de outubro até 14 de dezembro.
Em 2015 o Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea) resolveu passar a data para outubro a pedido da Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (Ampa). O documento apontou o excesso de chuvas e a consolidação do plantio do algodoeiro em segunda safra como principais fatores para a extensão do ciclo da cultura na safra o que ocasionou o prolongamento do ciclo vegetativo das plantas e consequentemente o retardo no processo de colheita. Com isso as plantas ficavam tempo na lavoura proliferando pragas.
Durante o período de vazio sanitário a previsão é fiscalizar, pelo menos duas vezes, as fazendas. O descumprimento da medida fitossanitária pode acarretar aplicação de multa ao produtor rural, além do comprometimento da produção das propriedades na próxima safra. “É importante que os produtores realizem a destruição dos restos culturais do algodão e que mantenham suas lavouras livres de plantas de algodão com risco fitossanitário, estando sempre alerta às novas rebrotas, haja visto a característica perene das plantas de algodão, que são de difícil destruição”, alerta Ana Paula Vicenzi, coordenadora de Defesa Sanitária Vegetal do Indea MT.
Mato Grosso é o maior produtor nacional de algodão. Na safra passada plantou 1,6 milhão de hectares e colheu 2 milhões de algodão em pluma e 3 milhões de caroço, uma alta de 9,6%.
Fonte: Agrolink, 01/10/2020