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Universidade dos EUA confirma presença de nova praga na soja

O entomologista Ivair Valmorbida, da Universidade do Missouri (Estados Unidos), confirmou a presença de Macrosaccus morrisella em lavouras de soja do centro do estado. A identificação ocorreu na primeira semana de agosto. O agrônomo Todd Lorenz, também da universidade, acompanhava a vistoria de campo.
A praga apareceu em apenas uma das mais de 70 lavouras analisadas por especialistas da universidade. Mesmo com baixa incidência, o registro preocupa. Segundo Valmorbida, o inseto havia sido detectado anteriormente em soja nos estados de Minnesota, Dakotas (2021) e Nebraska (2024).
A larva, branca e pequena, torna-se esverdeada com o tempo. O inseto adulto mede menos de 6 milímetros e possui asas alaranjadas e brancas com marcas cinza-escuras. Os ovos são depositados na face inferior das folhas da soja.
As larvas se desenvolvem dentro do tecido foliar, formando galerias que não cruzam nervuras principais. A área afetada morre, o que reduz a superfície fotossintética da planta. Inicialmente finas e lineares, as galerias tornam-se manchas brancas ovais, visíveis na parte inferior das folhas. Na superfície superior, formam áreas levemente elevadas, com aspecto de “tenda”.
Os focos ocorrem com maior frequência nas bordas das lavouras e em áreas próximas a matas. A espécie também se alimenta de plantas nativas da mesma família da soja.
Não há métodos de controle bem definidos. Pesquisadores daquela universidade indicam que vespas parasitóides e inseticidas translaminares podem reduzir os danos.
Fonte: Revista Cultivar, publicado em 19/08/2025
Fonte da imagem: Freepik