USO E APLICAÇÃO

Bayer desenvolve ferramenta para a prevenção da cigarrinha do milho


As quebras de produtividade na safra 2020/2021 do milho, principalmente pelo atraso das chuvas no Sul do Brasil, foram intensificadas pela incidência da cigarrinha (Dalbulus maidis) na região. Segundo o levantamento realizado pelo Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná) e pela Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), a praga esteve presente em 48% dos municípios paranaenses no ciclo, uma incidência bem maior do que nos últimos anos no Estado.

Para o agrônomo de Desenvolvimento de Mercado especialista da Bayer, Paulo Garollo, este cenário deve se repetir na safra 2021/2022, caso o produtor não faça o manejo preventivo. “A presença da cigarrinha pode ocorrer desde os primeiros estágios de desenvolvimento do milho, já que ela pode migrar de um ciclo para o outro por meio do que chamamos de ‘ponte verde’. Quanto mais cedo a planta for atacada e infectada por doenças transmitidas pela cigarrinha, maiores serão os danos causados à lavoura”, explica o especialista.
Para ajudar o produtor a ser mais assertivo no manejo da praga e mitigar maiores perdas na produção do grão, a Bayer desenvolveu o Esquadrão de Combate à Cigarrinha para as lavouras do Paraná, Santa Catarina e do Rio Grande do Sul. A iniciativa piloto de monitoramento, que será realizado em parceria com a Agtech Farmbox e CGM Monitoramento, visa criar uma rede colaborativa de dados sobre a praga, que entregará mapas regionais da presença de cigarrinha e de plantas sintomáticas na safra 21/22.

“O monitoramento é a chave para evitar os danos causados pelo inseto. O foco da iniciativa é auxiliar o produtor a resolver um grande problema, que está impactando significativamente a rentabilidade do milho, principalmente no Sul do país. Com os dados gerados por meio do Esquadrão, o agricultor poderá realizar o manejo da praga no tempo, com economia e proteção eficaz ao seu negócio”, explica Rodrigo Nuernberg, diretor de negócios de milho da Bayer para a região Sul.

O trabalho começa com uma visita de georreferenciamento do talhão, que, posteriormente, recebe a equipe técnica para o monitoramento. As visitas são realizadas em intervalos de 7 a 10 dias ao longo do ciclo da cultura. “Com a inspeção da lavoura é possível entender qual ou quais pragas estão ocorrendo no campo, estimar a densidade populacional e danos causados por essas pragas, além de estimar a ocorrência do controle natural. Quando a presença do inseto é detectada, o time de campo recebe os dados gerados e consegue aconselhar o produtor com o manejo mais assertivo”, comenta Renato Xavier Silva, gerente de Sucesso do Cliente da Farmbox.

A cigarrinha é um inseto-vetor, ou seja, não causa danos expressivos diretamente, mas de forma indireta. O problema é causado quando a praga, durante o processo de alimentação, desempenha o papel de transmissora dos patógenos causadores dos enfezamentos pálido e vermelho do milho. As perdas podem ultrapassar 70%, principalmente quando se utiliza um híbrido sensível ao complexo.

“Os produtores precisam estar conscientes de que a adoção de uma única estratégia de manejo, de modo isolado, não é suficiente. Por isso, para reduzir e prevenir a manifestação da praga nas lavouras, é necessário manejar a cigarrinha do milho praticando o Manejo Integrado de Pragas (MIP), considerando o monitoramento, o uso de híbridos de milho com maior tolerância aos enfezamentos e as medidas de controle químico”, ressalta Garollo.

Fonte: Grupo Cultivar, 28/06/2021

Fonte da Imagem: Imagem de Couleur por Pixabay.

 

Tags

Notícias Relacionadas

Close