USO E APLICAÇÃO

Capim-pé-de-galinha em soja requer estratégias de manejo integrado


O avanço do capim-pé-de-galinha (Eleusine indica) nos campos de soja do Mato Grosso tem gerado preocupação entre agricultores e especialistas, que enfrentam desafios no controle da planta daninha resistente a herbicidas.

A invasora, que se beneficia do clima favorável da região, compromete a produtividade e aumenta os custos de manejo, tornando-se um dos principais desafios para o agronegócio local.

Produtor da região leste de Mato Grosso relatou o impacto do capim-pé-de-galinha em sua propriedade. Segundo ele, a aplicação tardia de herbicidas permitiu que a planta atingisse um estágio de difícil controle, elevando os custos de manejo em até um saco e meio de soja por hectare. Outro produtor, da mesma região, enfrentou perdas significativas, com áreas inviáveis para colheita. As sementes da planta daninha, dispersadas pelo vento e por máquinas agrícolas, ampliaram a presença da invasora nos campos. O uso de herbicidas pré-emergentes e nivelamento do terreno têm sido algumas das estratégias adotadas no manejo.

O capim-pé-de-galinha apresenta resistência a herbicidas como glifosato e graminicidas, complicando ainda mais seu controle.

Pesquisas têm explorado novas combinações de herbicidas e técnicas de manejo, como o uso de produtos pré-emergentes e rotação de culturas, para mitigar o impacto da planta.

Especialistas apontam que a aplicação no momento correto, considerando o estágio de crescimento da planta daninha, pode ser decisiva para o sucesso do controle.

Além do prejuízo direto à produtividade, o aumento nos custos de manejo afeta a rentabilidade dos produtores. Alguns agricultores optaram por alterar estratégias, como a substituição da soja por milho em áreas críticas, com o objetivo de aplicar controles mais eficazes no ciclo seguinte.

 

Fonte: Agropages, publicado em 06/01/2024

Fonte da imagem: Freepik

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