USO E APLICAÇÃO
Fiscais da Agrodefesa fazem curso de manejo de pragas
Fiscais da Agrodefesa fazem curso de manejo de pragas
A Agrodefesa conta com 50 fiscais engenheiros-agrônomos que fizeram o curso de Manejo Integrado de Pragas, ministrado pela Embrapa Arroz e Feijão, no município de Santo Antônio de Goiás. Eles agora serão multiplicadores para reforçar o manejo integrado de pragas nas culturas de arroz, feijão, soja, milho e algodão.
A capacitação faz parte da parceria entre Embrapa e Agrodefesa. A programação da semana passada envolveu palestras sobre princípios básicos do Manejo Integrado de Pragas, práticas de campo para o reconhecimento e técnicas de monitoramento de pragas e inimigos naturais e, ainda, práticas em sala para identificação de insetos. Houve também exposições sobre a utilização de forma integrada de métodos e níveis de controle (ação) das pragas em lavoura, além de debates e outras ações importantes para o melhor entendimento e aprofundamento de conhecimentos sobre o manejo integrado de pragas.
De acordo com o chefe geral da Embrapa Arroz e Feijão, Flávio Breseghello, a interação da instituição com os profissionais da Agrodefesa é de extrema relevância para o bom andamento do curso. “Uma das utilidades da Embrapa é apoiar políticas públicas. Somos uma instituição com conhecimentos técnicos a serviço do País. Para nós, esse curso é nosso dever de casa”, destacou Breseghello.
Funcionários qualificados
O presidente da Agrodefesa, Arthur Toledo, também falou da importância do curso para os profissionais do órgão. “Muitas vezes o processo de valorização profissional também vem por meio de conhecimento. Em nosso quadro, temos 20 pessoas concluindo o doutorado, 15 doutores, 68 mestres e 89 especialistas. Poder oferecer para sociedade um quadro com tamanha qualificação nos deixa orgulhosos. E o curso agrega ainda mais conhecimento a esse pessoal”, disse o presidente.
Manejo Integrado de Pragas
De uma maneira geral, o Manejo Integrado de Pragas (MIP) reúne um plano de medidas voltado para diminuir o uso de defensivos na produção convencional, buscando promover o equilíbrio nas plantas e monitorar as pragas evitando, ao máximo, o uso desses produtos no sistema. Os defensivos só devem ser utilizados quando se chega a uma proporção populacional maior, sendo necessário o controle desses organismos que causam problemas nas plantações, antes que eles cheguem ao nível do dano econômico, em que as perdas de produção geram prejuízos financeiros significativos.
As bases do MIP são fundamentadas pelo conhecimento sobre taxonomia, biologia e ecologia que subsidiam a identificação das pragas chaves e os inimigos naturais, seguindo para o monitoramento com base nas informações sobre seus níveis de controle e o manejo do agroecossistema, priorizando as condições para o equilíbrio das plantas e o combate natural das pragas.
A ocorrência de recentes ameaças fitossanitárias, como a mosca branca ou a Helicoverpa armigera, por exemplo, que atacam as culturas do milho, arroz, feijão, algodão, soja e outras culturas e hortaliças devem ser analisadas; tudo isto vem comprovar não apenas a eficácia do MIP como a necessidade de sua ampliação para o equilíbrio no âmbito de toda a paisagem.
Assim, a aplicação constante de inseticidas para controlar as pragas, além de não gerar os resultados esperados pode causar problemas à saúde do trabalhador rural, à sua família, aos consumidores dos produtos e ao meio ambiente.
Agrolink, 28/03/2016