USO E APLICAÇÃO
Fundação Chapadão chama a atenção quanto ao manejo das plantas daninhas
Fundação Chapadão chama a atenção quanto ao manejo das plantas daninhas
Com a proximidade do início da semeadura da soja, umas das principais culturas do país, um ponto muito importante para o sucesso da mesma, é o controle das plantas daninhas que infestam a lavoura.
Estas podem provocar perdas que variam em função do tempo em que a cultura fica sujeita à mato-competição. Existem várias definições de Planta Daninha, entre estas pode ser definida como qualquer espécie vegetal que cresce onde não é desejada.
Na região dos Chapadões se encontram espécies resistentes ao Glifosato, entre elas a Buva e o Capim-Amargoso, além de uma diversidade de culturas de cobertura. O manejo destas é de grande importância haja vista que em alguns trabalhos realizados pela Fundação Chapadão, quando mal manejadas podem levar a perdas na produtividade de até 48%.
Antes de definir qual o herbicida a se utilizar é importante que o técnico faça o reconhecimento das plantas daninhas, de fatores como tipo de solo, teor de matéria orgânica, cultura em sucessão, além de conhecer os aspectos técnicos do herbicida, e assim fazer a escolha adequada do que utilizar.
O processo de dessecação deve ser bem analisado pelo técnico que recomenda, a fim de levar a soja na “dianteira competitiva”.
Com o advento dessas plantas daninhas de difícil controle, alguns herbicidas se apresentam fundamentais para o manejo, como moléculas de 2,4 D; Saflufenacil; Clorimuron; Imazetapyr; Flumioxazin; Paraquat; Clethodim; Quisalofop e Haloxifop.
Os adjuvantes específicos para cada condição de planta daninha não podem ser esquecidos, sendo necessários em alguns casos como capim-amargoso o aumento, em relação ao usualmente usado regionalmente.
Muitas vezes a condição de estresse hídrico irá desfavorecer o funcionamento dos herbicidas, vale analisar a condição e o planejamento da lavoura. Outro ponto são áreas aplicadas calcário que terão a eficiências menores dos herbicidas. Desta forma a utilização de aplicações sequenciais e planejamento podem ajudar a manejar melhor as estas plantas daninhas.
É importante salientar que as perdas podem, em alguns casos, não apresentarem diferenças no visual, mas as plantas daninhas estão competindo por luz, água, nutrientes e espaço; além de influenciar na colheita aumentando as perdas nas colhedoras ou mesmo aumentando a quantidade de impurezas, aumento da umidade dos grãos e servindo como hospedeira de pragas e doenças.
Herbicidas residuais como Diclosulan e mesmo “a velha Trifluralina” tem espaço dentro do manejo, verificado nos trabalhos da Fundação Chapadão das ultimas safras 13/14 e 14/15.
Existem certos períodos em que a cultura sofre uma maior interferência, diminuindo desta forma a produtividade.
A eficiência do tratamento depende das condições favoráveis de ambiente. Onde umidade relativa acima de 50%, ventos de até 8 km.h-1 temperaturas amenas fazem com que os produtos não se percam por processos como deriva ou mesmo inversão térmica. Além de se obter melhores eficiências também evitar-se riscos de toxicidade ao homem, culturas vizinhas e ao meio ambiente.
Capital News, 02/10/2015