USO E APLICAÇÃO

Impactos das contaminações por fitonematoides na soja e como controlar a doença


O produtor de soja enfrenta desafios com doenças causadas pelos nematoides. No entanto, as técnicas de manejo para o parasita Aphelencoides besseyi estão em testes e, por enquanto, existe apenas um produto registrado no Ministério da Agricultura para o seu combate na soja. Para o algodão, são três. Pesquisas mostram que a contaminação por esse nematoide específico está restrito a uma área relativamente pequena das lavouras destinadas à soja no Brasil.

Como relatou o pesquisador da Embrapa Soja, Maurício Meyer, tais sintomas são percebidos a partir do momento em que a cultura entra em floração. Com isso, há uma redução da formação de flores e de vagens, chegando ao ponto de algumas plantas não gerarem vagem alguma.

Nesta safra 2022/23 de soja, o pesquisador ressalta que a presença do fitonematoide não foi tão severa quanto em temporadas anteriores. Entretanto, conforme ele, em alguns locais de produção a incidência é constante, como no Pará. Condições específicas como, áreas onde a frequência de chuva é bastante alta e a média de temperatura muito elevada, são fatores que auxiliam na propagação.

O primeiro caso de Aphelenchoides besseyi foi registrado em Sapezal, oeste de Mato Grosso, pela Embrapa Soja.

Dessa forma, entende-se que o controle químico e biológico é uma ferramenta de manejo do nematoide. Além disso, o pesquisador ressalta a importância de manter as áreas o mais limpas e isentas possíveis dessas mantenedoras e multiplicadoras da praga.

De acordo com Meyer, com relação à sequência de cultivos, um dos que mais reduzem a incidência desse fitonematoide é o milho-safrinha após a soja.

Entre os estados que já registraram algum tipo de impacto em lavouras de soja causado pelo fitonematoide, além dos já citados, estão Rondônia, Amapá, Maranhão, Tocantins e Piauí.

 

Fonte: Canal Rural, 18/08/2023

Fonte da Imagem: Pixabay

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