USO E APLICAÇÃO
Manejo correto de pragas garante produtividade de grãos
Manejo correto de pragas garante produtividade de grãos
Nesta sexta-feira (20), durante o Showtec 2017, em Maracaju (MS), o pesquisador da Embrapa Agropecuária Oeste, Crébio José Avila, falou com os produtores sobre a importância do manejo integrado de pragas para evitar prejuízos no plantio de soja e milho. Dentre as principais vantagens do manejo está a redução de uso de defensivos agrícolas, trazendo maior economia na produção.
De acordo com o pesquisador, os grãos estão sujeitos ao ataque de três complexos de pragas, atualmente. “Temos as pragas iniciais de cultura, dentre eles o percevejo castanho, temos os insetos desfolhadores, como lagartos e besouros que consomem a folha da soja, e por fim os insetos sugadores, como o percevejo marrom e a mosca branca”, explica.
Crébio afirma que o manejo eficiente depende, acima de tudo, da identificação correta das pragas. “É preciso fazer um bom monitoramento e saber qual a praga está ocorrendo, quando ela ataca e o seu tamanho, para avaliar a melhor decisão de controle”, complementa. Após o monitoramento, o produtor escolhe a melhor tática de controle, seja biológico ou químico. Após o controle, o produtor deve avaliar economicamente o manejo. “Ele tem que saber quanto custou esse manejo e ainda comparar com o produtor vizinho que não fez o manejo”, diz.
Os prejuízos trazidos pelas pragas são incontáveis. Segundo o pesquisador, as pragas iniciais provocam a redução do stand da cultura, ou seja, influenciam o tamanho das plantas e isso vai refletir na produtividade do grão. “As lagartas desfolhadoras consomem a folha da soja, e essa folha é a fábrica dos fotossimilares da planta. Reduzindo a área foliar pode se reduzir a produtividade também. Por fim, os percevejos atacam diretamente o grão, com danos irreversíveis”, complementa.
Além de enfrentar as atuais ameaças fitossanitárias conhecidas no País, nos últimos anos, o produtor se deparou com várias espécies exóticas que foram reportadas no Brasil. De acordo com a Sociedade Brasileira de Defesa Agropecuária (SBDA), existem cerca de 150 pragas exóticas que ainda podem chegar no Brasil, por conta das fronteiras secas.
Agora MS, 20/01/2017