USO E APLICAÇÃO
Mercado de pesticidas biológicos cresce 30% ao ano no Brasil
O SENAGRI 2023 foi um seminário realizado em Belo Horizonte sobre insumos agrícolas. O evento reuniu cerca de 500 profissionais ligados a órgãos governamentais e empresas privadas. Durante o seminário, discutiu-se sobre pesticidas agrícolas, destacando que o Brasil é o maior mercado, mas não o maior consumidor desses produtos químicos. Além disso, foi ressaltado o crescimento do mercado de pesticidas biológicos, que deve aumentar em 30% ao ano, em contraste com o crescimento de 2% ao ano dos pesticidas químicos. Essa tendência indica uma maior conscientização sobre a importância da agricultura sustentável.
“Para comunicar o consumo, é fundamental utilizar indicadores adequados. No caso de pesticidas químicos, o consumo deve ser medido pela quantidade de pesticidas utilizados por unidade de área cultivada ou pela quantidade produzida. De acordo com fontes confiáveis, embora o Brasil seja o maior mercado de pesticidas químicos, no ranking dos maiores consumidores fica em 44º lugar quando se utiliza a quantidade por unidade de área cultivada e em 58º lugar quando a mensuração é feita pela quantidade de pesticida por tonelada produzida. Países como Japão, Coreia do Sul, Alemanha, França, Itália, Reino Unido, Canadá, etc., consomem muito mais pesticidas agrícolas do que o Brasil”, afirma José Otávio Menten, Professor Sênior da USP/ESALQ, Presidente do Conselho Científico Agro Sustentável (CCAS).
Ele afirma que é importante deixar claro que os pesticidas agrícolas utilizados no Brasil são de boa qualidade. Para serem comercializados, têm que ser registrados. “Este é um processo rigoroso, realizado por três entidades: MAPA (Ministério da Agricultura), que avalia os aspectos agroquímicos; ANVISA (Agência de Vigilância Sanitária, Ministério da Saúde), que avalia os aspectos toxicológicos/cuidados com a exposição das pessoas; e o IBAMA, órgão do Ministério do Meio Ambiente, que avalia o efeito do pesticida no solo, água e atmosfera e sobre os organismos não alvo, aquáticos e terrestres. Desta forma, os pesticidas químicos mais modernos são cada vez melhores, mais amigáveis, não causando efeitos negativos nos aplicadores e no ambiente e nem deixando resíduos perigosos nos alimentos, quando usados corretamente”, conclui.
Fonte: AgroLink, Leonargo Gottems – 27/06/2023
Fonte da Imagem: Pixabay