USO E APLICAÇÃO

Programa gratuito ajuda pequenos agricultores a monitorar o uso de defensivos


A rastreabilidade de vegetais frescos é uma determinação do Ministério da Agricultura (Mapa) e da Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) para monitorar o uso de defensivos agrícolas, mas a logística ainda é inacessível para muitos por questões econômica e estrutural. Foi pensando em viabilizar a adequação de pequenos produtores agrícolas à norma que a Associação Brasileira de Produtores Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas) e o Instituto da Confederação Nacional de Agricultura e Pecuária do Brasil (ICNA) desenvolveram um software (programa de computador) para simplificar o rastreamento dos alimentos.

O sistema começa a operar gratuitamente ainda este mês em todo o Brasil. De acordo com Carlos Frederico de Alencar Ribeiro, coordenador técnico do ICNA, após fases de testes do sistema nos primeiros meses, será estabelecido uma “taxa simbólica” para manter o custo de operação. Os valores ainda não foram definidos.

Software

Em vigor desde o último dia 8 de agosto, a Instrução Normativa Conjunta nº 2 estabelece que todas as frutas e hortaliças obtenham informações da sua origem fixadas nas embalagens. Nesta primeira etapa da vigência, a rastreabilidade é aplicada apenas ao grupo de citros, maçã, uva, batata, alface, repolho, tomate e pepino. A fiscalização visa monitorar os resíduos de defensivos na cadeia produtiva de vegetais frescos destinados à alimentação humana.

Essa identificação poderá ser feita por meio de etiquetas impressas com caracteres alfanuméricos, código de barras, QR Code ou qualquer sistema que permita a identificação dos produtos. No software desenvolvido pela Abrafrutas e ICNA, o produtor poderá realizar o seu próprio cadastro, o da propriedade, das áreas de plantio, das culturas cultivadas, datas de colheita e do plantio. Ao final de todo o processo, será gerada a etiqueta com um código identificador com todas as informações do lote produzido.

“Também está prevista a inserção de insumos, ou seja, o caderno de campo do produtor no qual serão inseridas informações sobre adubação, aplicação de defensivos, controles biológicos e todos os demais tratos culturais utilizados no cultivo”, projeta Carlos.

O Povo, 19/09/2018

Fonte Imagem: Reprodução

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