MERCADO

Divisão de Agro da Basf pisa no acelerador das startups


Um investimento de R$ 150 mil e o conhecimento técnico e de mercado de uma das maiores indústrias globais do setor químico. Essa é a proposta da Basf para atrair e selecionar startups do setor agrícola, por meio do programa AgroStart, desenvolvido desde 2016, em parceria com a aceleradora Ace. O programa prioriza projetos na área de agricultura de precisão, automação de processos, sistemas de gestão da lavoura por meio de análise de dados, rastreabilidade de produtos e soluções para reposição contínua na cadeia produtiva do agronegócio.

Segundo Almir Araújo, responsável pela área de Inovação Digital do segmento Agro da Basf na América Latina, o fomento de startups é estratégico para a empresa. “Vamos buscar a inovação fora dos nossos muros. As startups têm potencial para tornar toda a cadeia produtiva mais eficiente e isso é positivo para nós”, justifica. Mesmo quando se trata de inovações que estão fora do foco direto da companhia, que é a proteção do cultivo.
“Drones para pulverização, por exemplo”, diz Araújo. “Não temos uma área na Pesquisa e Desenvolvimento para construir esse tipo de equipamento, que tem um impacto altamente positivo no agronegócio e em nossa atividade. Então, temos uma relação ganha-ganha com as startups.”

Araújo vê um terreno fértil para investimentos na América Latina. São mais de 340 startups voltadas para o setor do agronegócio na região. Cerca de 80% estão no Brasil, mas há também oportunidades na Argentina, Colômbia e México. Entre os projetos apoiados pelo AgroStart estão sistemas de economia compartilhada, para uso de maquinário ocioso; soluções de irrigação inteligente que permitem aumentar em 30% a eficiência no uso de água, e sistemas de monitoramento de pragas, que otimizam a aplicação dos defensivos agrícolas.

Época Negócios, 21/08/2018

Fonte Imagem: Reprodução

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