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Alerta Ferrugem concluiu o primeiro mês de monitoramento no Paraná


Com os coletores instalados em todo o Paraná, o Alerta Ferrugem concluiu o primeiro mês de monitoramento sem a presença de esporos nos coletores. Para a safra (20/21), no Estado são 229 coletores que compõe a rede estadual. Na regional de Toledo são 32 coletores instalados nos 20 municípios.

De acordo com o engenheiro agrônomo do Instituto de Desenvolvimento Regional do Paraná (IDR-PR) Anderson Luis Heling, a rede Alerta Ferrugem é um trabalho já consolidado pelo Instituto e parceiros, que ao longo de várias safras demonstrou ser possível reduzir em 33% o número de aplicação de fungicidas na cultura da soja, em média.

Ele explica que o coletor de esporos é mais uma ferramenta de apoio no manejo da doença, cuja informação não deve ser utilizada de forma isolada para tomada de decisão no manejo da doença, dada a sua agressividade e potencial de redução de produtividade. Além do coletor, deve-se observar sintomas em folhas, estágio da cultura e condições ambientais.

Heling revela que as condições climáticas adversas neste início de safra com poucas precipitações, atrasaram a semeadura das lavouras de soja em todo o Paraná. Aliado a este atraso, tem-se condições ambientais (umidade e temperatura) desfavoráveis à doença.

EXPECTATIVA – Na regional de Toledo, o monitoramento foi iniciado em outubro e até o momento nenhum esporo de ferrugem foi encontrado. “Neste ano, a expectativa é que a ocorrência do primeiro esporo seja mais tardia, reflexo do atraso na semeadura da cultura devido a falta de chuvas e com o La Niña se confirmando”, salienta o engenheiro agrônomo ao complementar que “quanto mais tarde ocorrer, menor a quantidade de aplicações são necessárias para controlar a doença”.

Contudo, mesmo com as condições climáticas desfavoráveis, o monitoramento é de fundamental importância para orientar o manejo dos produtores, principalmente, devido ao fato desta estarem localizados em região de fronteira, sendo importante o monitoramento destes esporos que são transportados pelo vento a longas distâncias.

O profissional também considera importante salientar que com a redução no número de aplicações a produtividade é mantida, ou seja, o custo de produção do produtor é menor. “Em média, nas últimas quatro safras foi possível reduzir em 33% o número de aplicações de fungicidas e manter a produtividade da cultura”, enfatiza.

Heling menciona o caso do produtor Laércio Dalla Vechia, de Mangueirinha, campeão da 12ª edição do Desafio CESB de Máxima Produtividade de Soja e que tem um coletor de esporos instalado em sua propriedade desde 2018. “O produtor não deve descuidar do monitoramento da lavoura”, orienta.

Fonte: Jornal do Oeste, 17/11/2020

Fonte da imagem: Imagem de Julio César García por Pixabay

 

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