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Empresa espanhola projeta registo de novo bioherbicida


A empresa espanhola Seipasa anunciou que está trabalhando no registo de um novo bioherbicida no mercado. Segundo a fabricante, o lançamento acrescentará uma linha nova com alto valor em seu catálogo de bioinsumos.

De acordo com a Seipasa, esse produto que será lançado, oferecerá um novo modo de atuação, ainda desconhecido e não aplicado por nenhuma outra empresa. Para concretizar esse projeto, foi inaugurado recentemente uma nova base industrial e um novo edifício de escritórios. Além de ser um moderno espaço de trabalho, a nova sede da Seipasa servirá como polo de troca de ideias para a inovação da empresa com todos os players do mercado, e é um espaço de interação para transmissão de experiências e conhecimentos, mostrando o seu modelo de Tecnologia Natural.

O desenvolvimento do bioherbicida começou há quatro anos, com o anúncio de uma parceria com a Universidade Politécnica de Valência (UPV) através do Instituto Agroflorestal Mediterrâneo (IAM).

Segundo Mercedes Verdeguer, investigadora do IAM, o projeto começou com a necessidade de disponibilizar novas ferramentas aos agricultores. ″Há muito tempo que o setor exige novas soluções de controle de ervas daninhas que sejam mais ecológicas. Em 2009, houve uma mudança na legislação europeia que visava o uso sustentável de produtos fitofarmacêuticos e procurava promover estratégias integradas de gestão de pragas″, afirmou Verdeguer. Além disso, a investigadora acrescentou que “Desde esse momento, o desaparecimento de materiais ativos tem sido constante, tornando mais necessário do que nunca contar com novas ferramentas para esta gestão integrada”.

Marta Muñoz, especialista de produtos da Seipasa e membro do IAM, destacou a importância de desenvolver novas alternativas em um cenário como o atual, em que de acordo com Munoz ″Os problemas criados pelo surgimento de resistências estão  aumentando, mas os agricultores têm cada vez menos materiais ativos à sua disposição, com a eliminação deles devido ao endurecimento das regulamentações na União Europeia.″ A especialista destacou que  a maior conscientização dos consumidores para o consumo de frutas e vegetais sem resíduos, e que esse novo herbicida facilita o progresso em direção a uma alimentação mais saudável.

A parceria entre a Seipasa e o IAM já realizou ensaios de eficácia em condições controladas para analisar o desempenho deste novo produto contra diferentes tipos de ervas daninhas, como Erigeron bonariensis  (Conyza bonariensis), Amaranthus retroflexus e Avena fatua . O produto também avançou para a fase de campo com resultados positivos em termos de rapidez de ação, eficácia e ausência de desperdícios na produção final. Recentemente, os avanços mais significativos do projeto foram publicados nas revistas científicas Agronomy e Molecules.

Em janeiro de 2024, a Seipasa recebeu um investimento de 34,341 bilhões de euros do Instituto Valenciano de Competitividade Empresarial (IVACE). O principal objetivo do projeto é traçar estratégias sustentáveis ​​para a otimização de culturas economicamente importantes através da utilização de produtos bioherbicidas e bioestimulantes formulados a partir de substâncias naturais. Além disso, o desenvolvimento de bioherbicidas para controle de ervas daninhas e bioestimulantes à base de microrganismos para estimular o crescimento de determinadas culturas.

 

Fonte: Leonardo Gottems – AgroPages, publicado em 24/04/2024.

Fonte da imagem: Freepik

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