Resistência de plantas daninhas representam risco para as culturas de trigo e cevada da Nova Zelândia

As plantas daninhas representam o maior risco de perda de colheita para os agricultores de trigo e cevada, mas o aumento do uso de herbicidas para controlar essas ervas daninhas fez com que certas espécies agora sejam resistentes a alguns produtos químicos, segundo pesquisas recentes.

Pesquisadores da Nova Zelândia avaliaram o risco de resistência a herbicidas em 101 espécies de plantas daninhas que afetam as culturas de trigo e cevada.

Enquanto a maioria das espécies (55) foi considerada de baixo risco para desenvolver resistência, 30 eram de risco médio e 16 foram consideradas de alto risco.

As dez ervas daninhas mais pontuadas foram: Echinochloa crus-galli; Poa annua; Lolium multiflorum; Erigeron sumatrensis; Raphanus raphanistrum; Lolium perenne; Erigeron bonariensis; Avena fatua; Avena sterilis; Digitaria sanguinalis

Sete em cada dez plantas daninhas de alto risco eram gramíneas.

Os herbicidas mais utilizados foram auxinas sintéticas, inibidor da enolpiruvilshiquimato-fosfato sintase, inibidores da acetolactato sintase (ALS), inibidores da biossíntese de carotenóides e inibidores de ácidos graxos de cadeia longa.

Verificou-se que herbicidas contendo inibidores da acetolactato sintase representam o maior risco de causar resistência a mais espécies do que outros tipos de herbicidas.

Apesar dos herbicidas pré-emergência serem conhecidos por retardarem a resistência, os agricultores da Nova Zelândia aplicaram apenas flufenacet e terbuthlazina com alta frequência, disseram os pesquisadores.

Os pesquisadores concluíram que os agricultores da Nova Zelândia devem ser informados sobre as combinações de alto risco de ervas daninhas e herbicidas para evitar futuras perdas de safra.

“Com base em nossa análise, pesquisas para espécies resistentes a herbicidas devem se concentrar nas espécies de alto risco que identificamos”.

Fonte: NZME, 26/06/2020

Fonte da imagem: Imagem de FelixMittermeier por Pixabay