MERCADO
Especialistas apuram falta de defensivos como um problema estrutural
O diretor do Departamento de Sanidade Vegetal e Insumos Agrícolas do Ministério da Agricultura, Carlos Goulart, disse que uma das estratégias do governo para lidar com uma possível falta de defensivos agrícolas em safras futuras é antecipar pedidos de registro de novos fornecedores na Anvisa. Segundo o que Reginaldo Minaré, da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), afirmou aos deputados da Comissão de Agricultura da Câmara nesta sexta-feira (22), a falta de defensivos é inédita em 25 anos e deve perdurar.
Para os defensivos, além da aceleração de registros, o governo pretende conversar com as autoridades chinesas para que o país priorize as remessas de glifosato para o Brasil. Isso porque o Brasil precisa deste insumo para ter produtos agrícolas para exportar para a China. Por esse motivo, Carlos Goulart afirma que está em negociação uma cooperação técnica entre China e Brasil para a redução da nossa dependência.
“A China tem interesse de que não falte também insumos para o Brasil porque é uma cadeia interdependente. Ela produz insumos que são trazidos para o Brasil e que são convertidos em produção agrícola. Isso é revertido para o Brasil, gerando excedente grande. Excedente que é majoritariamente destinado à própria China.”
O deputado Jerônimo Goergen (PP-RS), autor do requerimento para a audiência, sugeriu que a comissão acompanhe de perto a negociação com a China:
“No curto prazo já é difícil. E se errarmos, o médio e o longo também não vão acontecer. Isso não é de agora. O Brasil tem uma característica. Não somos um país proativo, somos reativos. A gente corre atrás quando a coisa já está caindo. E a pandemia apurou uma série de processos que todos relataram aqui”, disse.
Fonte: Agência Câmara de Notícias, 22/10/2021
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