COLUNISTAS
Colheita de Soja Avança, mas Segue Abaixo de 2021/22
Na economia mundial e brasileira, a inflação oficial do Brasil, mensurada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apresentou alta de 0,53% em janeiro, o que reflete uma ligeira desaceleração do indicador frente a dezembro de 2022 (0,62%). O maior impacto foi causado pelo segmento de alimentos e bebidas, o qual apresentou crescimento de 0,59%, acarretando um impacto proporcional de 0,13 ponto percentual. Alguns alimentos, como a batata inglesa e a cenoura pesaram no bolso dos brasileiros em janeiro, devido a respectivos incrementos de 15,4% e 17,55%, acarretados pelo grande volume de chuvas incidentes nas regiões produtoras. Já no lado dos transportes, a gasolina teve aumento de 0,83% e o etanol de 0,72%.
Na esfera econômica, o boletim Focus/Bacen do Banco Central do Brasil de 13 de fevereiro de 2023 indicou um IPCA em 5,79% em 2023 (alta) e em 4,00% para 2024 (alta). Em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), a perspectiva é de crescimento de 0,76% em 2023 (baixa) e 1,50 em 2024 (alta). Já o câmbio deve encerrar este ano em torno de R$ 5,25 (baixa) e o próximo em R$ 5,30 (manutenção). Por fim, em relação a Taxa Selic, a perspectiva é de que fique em 12,75% em 2023 (alta) e em 10,00 no próximo ano (alta).
No agro mundial e brasileiro, os preços dos alimentos seguem em curva decrescente, se aproximando da normalidade. O Índice de Preços de Alimentos da FAO (Agência das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação) sofreu sua 10ª queda consecutiva em janeiro, atingindo 131,2 pontos, configurando valor 0,8% inferior ao do mês anterior e 17,9% menor que o de março de 2022 (quando alcançou seu máximo histórico). Enquanto que os índices de cereais e carnes se mantiveram praticamente estáveis frente ao mês anterior (+0,1% e -0,1%, respectivamente), os valores para açúcar, óleos vegetais e laticínios justificam a queda global do indicador. No adoçante, houve queda de 1,1% no comparativo com o mês de dezembro graças à oferta favorável, com boa performance nas colheitas de cana-de-açúcar no Brasil e na Tailândia, compensando os baixos rendimentos da safra indiana. Já o indicador de óleos vegetais caiu 2,9% no mês de janeiro, devido a maior oferta do produto advindo do girassol e da colza, enquanto que para soja e palma houve uma desaceleração do consumo, acarretando em menor taxa de importação. Por fim, os laticínios apresentaram retração de 1,4%, em consequência da redução das importações e aumento da oferta principalmente na Nova Zelândia.
Em sua atualização sobre a safra global de commodities agrícolas 2022/23, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) voltou a derrubar os indicadores do milho. Com isso, a produção global foi reestimada em 1.151,36 bilhão de t frente às 1.155,93 bilhão de t do mês anterior (variação de 4,5 milhões de t). Os volumes produzidos por EUA e Brasil se mantiveram inalterados frente ao relatório do mês anterior, respectivamente, 348,76 e 125 milhões de t. Por sua vez, a Argentina perdeu 5 milhões de t entre os relatórios, estando sua produção avaliada agora em 47 milhões de t. Na Ucrânia também não houve alteração na oferta, manteve-se a expectativa de produção em 27 milhões de t, mas o órgão americano revisou para cima as exportações do país do Leste Europeu para 22,5 milhões de t (frente à 20,5 milhões de t de janeiro). Com isso, os estoques globais passaram de 296,42 milhões de t (janeiro) para 295,28 milhões (fevereiro).
A cultura da soja apresentou um reflexo similar, com variação negativa para a safra global: de 388,01 milhões de t (janeiro) para 383,01 milhões de t (fevereiro). Novamente, a redução foi impactada pela Argentina, a qual teve sua produção revisada de 45,5 milhões de t (janeiro) para 41 milhões de t (fevereiro). Para a produção brasileira e norte-americana, o USDA não projetou alterações, mantendo-se em 153 milhões de t para o primeiro país e 116,37 milhões de t para o segundo. Dessa forma, os estoques devem fechar 2022/23 em 383,01 milhões de t, configurando uma queda de 5 milhões de t frente à expectativa de janeiro.
No Brasil, a estimativa da safra brasileira de grãos para ciclo 2022/23 foi revisada para baixo no mês de fevereiro, em aproximadamente 350 mil t, devendo alcançar agora 310,6 milhões de t, de acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Mesmo com a queda, justificada pelo atraso na colheita da soja e interferências na janela ideal de plantio do milho safrinha, o volume esperado é 14,0% superior àquele alcançado na safra 2021/22, o que deve representar novo recorde na série histórica.
O órgão governamental espera que, ao todo, 76,7 milhões ha serão cultivados nesta safra, um acréscimo de 2,2 milhões de ha ou 3,0% a mais frente ao período anterior. Para as principais culturas, a expectativa é de uma produção de soja de 152,9 milhões de t, o equivalente um incremento de 21,8% no comparativo com o ciclo anterior, totalizando uma área semeada de 43,3 milhões de ha (+4,4%).
No cultivo do milho é onde houve a principal variação entre os relatórios deste mês e do passado, uma vez que era esperado um volume de 96,3 milhões t para a segunda safra, mas que foi reavaliado para 95,0 milhões de t (-1,4%), dadas as condições climáticas na colheita da oleaginosa, gerando interferências na safrinha de milho plantada em rotação. Mesmo assim, a colheita da segunda safra deve ser 10,6% superior e para o volume total de milho (considerando as três safras), espera-se um incremento de 9,4%, atingindo 123,7 milhões de t, em uma área de 22 milhões de ha (+2,1%).
Já no algodão, a produção de pluma está estimada em 3,0 milhões de t (+16,7%) e a área em 1,6 milhão de ha (+4,6%). Para fechar as análises deste relatório, as culturas de inverno devem produzir o equivalente ao volume do ciclo passado, 12,4 milhões de t, com destaque para o trigo que deve representar 85% desse volume; a área também permanecerá estável frente a 2021/22, atingindo 3,8 milhões de ha.
No campo, a Conab aponta que a colheita da soja alcançou 15,4% de progresso até o último dia 11 de fevereiro, bem abaixo dos 25,0% registrados na mesma data de 2022. No Mato Grosso, principal estado produtor, o progresso é de 40,1% contra 60,1% há um ano. Como consequência dos atrasos na colheita da oleaginosa, o plantio de milho 2ª safra alcançou 20,4% de progresso versus 35,1% há um ano. No MT, 35,9% das áreas estimadas para o cereal já foram plantadas contra 58,1% em 2022. Por fim, no algodão, o plantio alcançou 92,3% de progresso, partindo para a finalização (era de 97,4% há um ano).
Sobre a fenologia das lavouras, na soja, 34,4% das áreas estão em maturação; 32,2% em enchimento de grãos; 11,8% em floração; e apenas 6,2% em desenvolvimento vegetativo. No milho 2ª safra, metade das lavouras estão em emergência e a outra metade já em desenvolvimento vegetativo. Já no algodão, 62,8% dos campos seguem em desenvolvimento vegetativo; 30,8% estão em emergência; 5,6% em floração; e 0,9% em formação de maçãs.
Entre os dias 13 a 20 de fevereiro, a Conab indica que as condições hídricas (pluviosidade) para a cultura da soja seguirão favoráveis em boa parte do Brasil, com poucas limitações no norte e sul de Minas Gerais e parte do Rio Grande do Sul. Já no milho 1ª safra, há previsão de condições críticas no estado da Bahia, norte/sul de Minas Gerais e quase a totalidade do estado de Rio Grande do Sul; demais estados, terão condições favoráveis.
Voltando a falar sobre o Mato Grosso, principal produtor de soja, milho e algodão, o Instituto Mato-grossense de Economia aplicada reviu seus números para a cultura da soja no estado: a produção está estimada agora em 42,82 milhões de t, alta de 3,3% frente ao relatório anterior e de 4,8% no comparativo com a safra passada. Apesar dos relativos atrasos na colheita, ocasionados pelas chuvas, espera-se mais uma safra recorde para a oleaginosa. Com isso, os estoques finais no estado devem ficar em 1,09 milhão de t (+1,96%).
Ainda sobre a soja, o Imea indicou que a colheita alcançou 44,1% da área cultivada no estado em 2022/23, um avanço de 20 pontos em uma semana (corrida dos agricultores nos intervalos sem chuva), o que permitiu que Mato Grosso encostasse novamente na média histórica para o período (44,5%). Ainda assim, o progresso segue atrasado na comparação com 2022; há um ano, os avanços eram de 60,5%.
No milho, o Imea estima que a produção deve ficar em torno de 43,9 milhões de t, 34,6% superior ao registrado na safra passada (2021/22). Um aspecto de destaque é a expectativa de crescimento de 62,7% nas exportações do cereal, o que deve totalizar 26,9 milhões de t. Essa alta se explica, principalmente, pela entrada da China na pauta exportadora brasileira. Ao final de 2022/23, o estoque mato-grossense está estimado em 240 mil t.
Para o algodão, a área do Mato Grosso foi revista para 1,11 milhão de hectares, 5,4% inferior a 2021/22. Os atrasos no plantio e as recentes desvalorizações nos preços da fibra são os dois fatores apontados pelo Imea como motivadores da redução (menor interesse dos agricultores). Com isso, a produção ficou estimada em 4,65 milhões de t de algodão em caroço, 5,4% menor do que o último relatório, mas ainda 6,2% maior do que a safra passada, comportamento que se justifica pela melhora na produtividade esperada para este ciclo (deve ficar em 278,3@/ha, 12,3% maior).
Falando em algodão, os tristes terremotos na Turquia e Síria ocasionaram o fechamento do Porto de Iskenderun, principal rota de entrada do algodão brasileiro no país. Segundo autoridades locais, estima-se até 6 meses para que as atividades sejam retomadas, o que preocupa os agentes da cadeia de algodão no Brasil, já que a Turquia é o quinto maior comprador de nosso algodão (13% dos embarques ou 221 mil t da pluma em 2022).
E o agronegócio brasileiro já começa 2023 com boas notícias em relação ao comércio externo de produtos. Em janeiro, as receitas com exportações do setor somaram US$ 10,2 bilhões, alta de 15,9% no comparativo com janeiro passado. Entre os produtos mais exportados em termos de volume, o milho em grão se destacou, de longe: foram 6,2 milhões de t embarcadas no mês, alta de 125,9% e com preços em US$ 287,4/t (+ 17,9%). O açúcar bruto apareceu na sequência como produto mais exportado, com 1,8 milhão de t no mês (+ 63,1%) e preços médios em US$ 424,0/t (+12,2%). De celulose, exportamos 1,7 milhão de t (+4,3%), o terceiro produto no ranking de volumes, e que registrou preço da t embarcada em US$ 426,20 (+ 13,0%). Nas exportações da soja em grão, os embarques somaram 840 mil t em janeiro (- 65,8%) a preços de US$ 596/t. Os dados foram divulgados pelo Itaú BBA com base na Secex/Ministério da Economia.
Um destaque importante relacionado a pauta exportadora é que, em janeiro, a China assumiu o posto de principal destino das exportações brasileiras de milho; 983,7 mil t do cereal foram enviados ao país asiático no último mês. As receitas somaram US$ 271,5 milhões, o que representa 15% do total exportado no mês (US$ 1,77 bilhão). Os dados foram compilados pela agência Reuters e pela consultoria Safras & Mercado. Apenas recordando que a China permitiu as exportações brasileiras de milho a partir de 2023 e estes resultados já mostram a tendência de crescimento nas relações com o grão.
De acordo com os relatórios do USDA, o Brasil irá liderar pela primeira vez na história as exportações globais de soja e de milho! Na oleaginosa, exportaremos cerca de 92 milhões de t em 2022/23, 54,9% de todo o volume global (em 21/22 era de 51,4%). Já no milho, serão 50 milhões de t, 27,6% de participação (era de 23,5% em 21/22). O protagonismo tem relação direta com o resultado positivo esperado para esta safra, bem como pelas baixas na oferta nos Estados Unidos (soja: – 4,2%; milho: – 9,0%), na Argentina e outros países; e pelo conflito entre Rússia e Ucrânia que infelizmente ainda se estende.
Em sua atualização de fevereiro, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) estimou o Valor Bruto da Produção (VBP) Agropecuária de 2023 em R$ 1,265 trilhão, o que deve representar um avanço de 6,1% em comparação ao registrado em 2022 (R$ 1,190 trilhão), além do melhor resultado para o indicador nos últimos 34 anos. A estimativa da pasta é que a atividade agrícola fature R$ 900,8 bilhões (+10,5%), enquanto que os demais R$ 364,4 bilhões serão advindos da pecuária (-2,7%). Entre os top três cultivos em faturamento estimado temos: soja (R$ 401,2 bilhões | +10,5%), milho (R$ 164,1 bilhões | +10,4%) e cana-de-açúcar (R$ 103,0 bilhões | +3,7%).
Em relação aos preços de produtos agrícolas, o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) divulgou relatório onde aponta que o Índice de Preços ao Produtor de Grupos de Produtos Agropecuários (IPPA/Cepea) teve alta nominal de 10,1% no ano passado, em linha com os preços internacionais (o FAO Food Index cresceu 14,3% no último ano). Na análise dos principais segmentos, tivemos o seguinte: O IPPA-Hortifrutis cresceu 36,7%, sendo que as maiores altas foram a da batata (+51,3%) e do tomate (+23,2%); na sequência, esteve o IPPA-Cana/Café com crescimento nominal de 20,7%, altas de 18,8% na cana-de-açúcar e 31,2% no estimulante; em terceiro, aparece o IPPA-Pecuária, com elevação de 8,0%, sendo que o leite (+23,7%) e os ovos (+19,2%) foram os dois produtos de destaque; e, por fim, no IPPA-Grãos, a alta foi de 7,1%, com crescimento de preços do algodão em 23,5%, da soja em 11,3% e do trigo em 20,1%.
No Café, uma pesquisa da Reuters com especialistas de mercado mostrou que os preços do Arábica tendem a cair 13,0% neste ano, fechando em US$ 1,48 por libra-peso. Já os preços do canéfora devem ficar em US$ 1.900 por t ao final de 2023, 6,0% superiores ao ano passado. Segundo o estudo, o principal motivador da queda nos preços do arábica é o suposto aumento na produção brasileira, o que deve gerar um excedente global em 2023/24; além disso, há também chances de redução na demanda.
Na última estimativa de dezembro do USDA, a produção global de café da safra 2022/23 foi projetada em 172,8 milhões de sacas (60 kg), 2 milhões de sacas a menos do que a estimativa anterior (julho/22), mas 4,0% superior a 2021/22. Nos 3 principais produtores mundiais, o relatório mostrou o seguinte: na Colômbia, 3° colocado, a produção foi revista de 13,0 para 12,6 milhões de sacas, mas ainda 7,0% maior que 21/22; no Vietnã, segundo principal player, a produção foi revista de 30,9 para 30,2 milhões de sacas (- 4,3%); por fim, no Brasil, a projeção foi revista de 64,3 milhões de sacas na estimativa de julho, para 62,6 nesta (7,8% maior do que a safra passada).
Já o relatório da Conab, divulgado na metade de janeiro, apontou que a produção brasileira em 2023 deve ficar em 54,9 milhões de sacas (60 kg), cerca de 4 milhões de sacas a mais no comparativo com 2022 (alta de 7,8%), confirmando as expectativas do mercado de maior oferta brasileira.
O Fundecitrus (Fundo de Defesa da Citricultura) divulgou uma nova reestimativa da safra 2022/23 de laranja no cinturão citrícola de São Paulo e Triângulo/Sudoeste de Minas Gerais. No relatório, o órgão indica uma colheita em 316,23 milhões de caixas (40,8 kg), 0,7% maior do que a estimativa anterior e 20,3% superior ao ciclo 2021/22. Os bons volumes de precipitação nos últimos meses é o principal fator que explica a alta, já que tem contribuído com o aumento no peso das laranjas. O USDA divulgou suas previsões para a safra global. Em relação a fruta, a produção mundial está estimada em 47,5 milhões de t (- 5,0%), sendo que o Brasil deverá entregar 16,5 milhões de t (-2,4%), China com 7,5 milhões de t (+0,06%) e União Europeia com 5,85 milhões de t (-12,9%). Já em relação ao suco de laranja (concentrado a 65° Brix), a oferta global em 2022/23 está estimada em 1,55 milhão de t (-6,8%), com oferta brasileira de 1,12 milhão de t (-1,3%), México com 176 mil t (-18,1%) e Estados Unidos com 125 mil t (-21,4%). Apesar da baixa na oferta de suco, os estoques finais foram mantidos no mesmo nível de 2021/22: 223 mil t.
Finalizamos nossa análise do agronegócio com os preços dos principais produtos do setor na data de fechamento da nossa coluna. Para a soja, considerando a entrega em cooperativa do estado de São Paulo, o preço Spot estava em R$ 168,30/sc (60kg). Já os contratos futuros eram de R$ 167,80/sc para mar/23 e R$ 167,80/sc para abr/23. No milho, a saca na negociação física estava em R$ 85,00/sc e os futuros na B3 em R$ 88,15/sc para mar/23, R$ 87,83/sc para mai/23 e R$ 90,18/sc para nov/23. No algodão, a cotação era de R$ 173,60/@ (base Esalq). Outros produtos do agro estavam com os seguintes preços, segundo o Cepea/Esalq: café arábica em R$ 1.123,17/sc; o trigo (Paraná) em R$ 1.648,72/t; e a laranja indústria em R$ 37,71/cx (40,8kg).
Os cinco fatos do agro para acompanhar em março são:
1. Colheita da cultura da soja, especialmente no estado do Mato Grosso, principal produtor e onde está boa parte da área que será cultivada com 2ª safra de milho. Vale ressaltar que o excesso de chuva pode ainda trazer algum dano as lavouras. Os resultados têm sido positivos e acreditamos que não vai haver grandes impactos, especialmente pela dedicação e agilidade dos agricultores.
2. Semeadura do milho 2ª safra. Este, já nos preocupa um pouco mais. Apesar de até agora estarmos acompanhando previsões climáticas ainda positivas para as próximas semanas, a continuidade no atraso prejudicada, a cada dia, o potencial produtivo do milho. Precisamos aproveitar este momento que o mundo conta com o Brasil para fornecimento global do cereal.
3. Acompanhar diariamente atualizações sobre a questão da gripe aviária (Influenza) nos países vizinhos do Brasil e/ou até mesmo em nível nacional. Vamos fazer nossa parte também divulgando as informações relativas ao assunto a outros profissionais e produtores. Vale lembrar que as cadeias de grãos/pecuária estão bastante conectadas e podemos sentir impactos mesmo em cadeias agrícolas (não apenas na produção animal), além dos preços de alimentos ao consumidor, inflação e outros.
4. Ainda olhar para o câmbio e os indicadores da economia. Em 09 de fevereiro alcançamos R$ 5,30 no dólar, o maior valor desde a 1ª semana de janeiro. Nos últimos dias temos visto tendência de baixa, mas também há os embates entre o presidente e Banco Central e outros fatores econômicos em jogo.
5. Seguir acompanhando a conjuntura global de fatos como a guerra entre Rússia e Ucrânia, os mistérios envolvendo objetos não identificados (possíveis espionagens) e os primeiros balanços do desempenho da economia neste início de 2023.
* Marcos Fava Neves é Professor Titular (em tempo parcial) das Faculdades de Administração da USP em Ribeirão Preto e da EAESP/FGV em São Paulo, especialista em planejamento estratégico do agronegócio. Acompanhe outros materiais na página DoutorAgro.com, no canal do Youtube e no MarketClub Sicoob Credicitrus, a quem agradecemos ao apoio para elaborar este texto, que tem a coautoria de Vinicius Cambaúva e Vitor Nardini Marques.