Syngenta e Enko desenvolvem novo fungicida utilizando inteligência artificial.

A divisão de proteção de cultivos da Syngenta, controlada por capital chinês, e a Enko, empresa do mesmo setor que é apoiada por fundos de investimento, anunciaram no dia 18 de janeiro a descoberta de uma nova fórmula química com potencial de controle de doenças fúngicas nas lavouras. A descoberta utilizou a inteligência artificial e aprendizado de máquina para acelerar o processo de pesquisa e desenvolvimento.

Essas tecnologias tornam possível a triagem de bilhões de moléculas catalogadas e codificadas por DNA no banco de dados da Enko e identifica aquelas com maior capacidade para desenvolvimento de produtos. Assim surgiu a nova formulação, resultado da parceria entre as duas companhias. Agora, o produto está na segunda fase laboratorial, que são testes de segurança e eficácia.

O esforço direcionado para o combate de fungos foi devido a constatação de perdas de 10% a 23% na produção de culturas como soja, milho, batata e trigo devido a ação desses patógenos. O montante desse prejuízo seria o suficiente para alimentar cerca de 4 bilhões de pessoas durante um ano.

Segundo o comunicado as Syngenta, as instabilidades climáticas podem aumentar a propagação de fungos e a resistência desses patógenos aos fungicidas já existentes, o que deve fazer com que a indústria procure por novas moléculas.

As empresas também fecharam um novo acordo para descoberta de moléculas para desenvolvimento de um novo herbicida para controle de daninhas como caruru, encontrada nos cultivos de grãos. A CEO e fundadora da Enko, Jacqueline Heard, disse em nota que “Ao provar que as ferramentas digitais podem reduzir o tempo de descoberta de novas soluções de proteção de culturas, esperamos acelerar a mudança da transformação digital na indústria agrícola”.

Fonte: Globo Rural, publicado em 18/01/2024

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