Programa de destinação de embalagens vazias de defensivos agrícolas é citado na COP22

Durante a Conferência do Clima (COP22), a destinação de embalagens vazias de defensivos agrícolas no Brasil foi citada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) como exemplo de prática sustentável a ser seguida por outros países. O inpEV (Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias) é um dos responsáveis por colocar o país nessa posição, ao atuar como núcleo de inteligência do Sistema Campo Limpo (logística reversa de embalagens vazias de defensivos agrícolas).

“Temos uma legislação adequada e alinhada a preceitos internacionais de sustentabilidade, que a sociedade brasileira soube aplicar por meio do Sistema Campo Limpo. Com isso, o país tem um diferencial competitivo, que agrega valor ao nosso sistema produtivo”, destaca Luís Eduardo Pacifici Rangel, secretário de Defesa Agropecuária do Mapa.

Baseado no conceito de responsabilidades compartilhadas, o Sistema mobiliza todos os elos da cadeia agrícola (agricultores, fabricantes e canais de distribuição, com apoio do poder público) para encaminhar o material para o destino ambientalmente correto. O engajamento desses agentes resulta na destinação ambientalmente correta de 94% do material, e coloca o país como referência mundial na logística reversa das embalagens pós-consumo de defensivos. “A integração de todos os envolvidos, cada um com seu papel, garante efetividade no recebimento e destinação, com suporte do poder público. Se iniciativa privada e poder público estivessem separados, dificilmente o Sistema teria conseguido tanto êxito”, afirma Rangel.

Os resultados são motivo de orgulho para o inpEV, que acaba de completar 15 anos de trajetória. Desde o início das operações do Sistema, em 2002, até hoje, 400 mil toneladas de embalagens vazias foram destinadas de forma adequada. De janeiro a novembro de 2016, cerca de 42,6 mil toneladas já tiveram destino correto.

Terra, 16/12/2016