ENTREVISTA

Koppert Biological Systems comenta sobre o mercado brasileiro de defensivos biológicos


A Koppert contribui para melhorar a saúde das pessoas e do planeta. Em parceria com a natureza, torna a agricultura mais saudável, mais segura e mais produtiva. Fornecendoo um sistema integrado de conhecimentos especializados e soluções naturais e seguras para melhorar a saúde das plantações, a sua resistência e produtividade.

 

1 – A Koppert Biological Systems está presente no Brasil desde 2011, quando iniciou seus primeiros registros. Desde então o mercado de defensivos biológicos cresceu exponencialmente, registrando um crescimento de 37% só no ano de 2021. Quais as perspectivas de crescimento da empresa para acompanhar a maior demanda do mercado? E quais novos produtos a Koppert tem previsão de lançar nos próximos anos?

Em constante expansão, a Koppert Biological Systems, líder no Brasil e no mundo em controle biológico, amplia sua atuação no país anunciando investimentos de R$ 700 milhões para os próximos três anos. O montante está sendo utilizado para aumentar a capacidade produtiva da Koppert Brasil, o que teve início com a inauguração da fábrica de formulações de microbiológicos no final de setembro, em Charqueada (SP).

Somente para essa unidade o investimento neste último ano foi de R$ 70 milhões, com geração de 70 empregos diretos em 2022. A unidade de formulações tem capacidade para produzir 15 vezes mais, podendo operar em três turnos. Conta com alto índice de automatização e robotização dos processos, garantindo mais segurança e consequente aumento da qualidade aos produtos.

As ampliações são consequência do crescimento da Koppert no Brasil e Cone Sul (Argentina, Paraguai e Uruguai) e da ampliação do mercado de biológicos nessas regiões. Em 2022, a expectativa da companhia é alcançar a marca de R$ 800 milhões em faturamento, o que representa um crescimento de pouco mais de 100% sobre o ano passado. Acreditamos que com as ampliações elevaremos nossa participação de mercado para a casa dos 25%, considerando o potencial total industrial mais o potencial total on farm, ou de 33%, considerando somente o industrial.

A Koppert acabou de lançar no mercado brasileiro o Terranem, bioinseticida formulado com nematoides entomopatogênicos (Steinernema carpocapsae) e indicado para o controle do bicudo da cana-de-açúcar (Sphenophorus levis). Trata-se de uma inovação na agricultura brasileira, que sempre teve os nematoides como pragas de solo.

2 – Como mencionado, os produtores rurais têm se conscientizado para utilização de biológicos juntamente com agroquímicos, o que justifica o crescimento do setor. Na visão da Koppert quais as principais culturas que tem demandado o uso dos biológicos? Para quais outros segmentos do agronegócio são possíveis expandir dentro do setor de biológicos?

A adoção dos biodefensivos pelos produtores vem crescendo, avançando em uma parcela cada vez maior do mercado de químicos. Produtores de alta tecnologia, na busca de maiores produtividade, enxergaram nas soluções biológicas a sustentabilidade econômica e financeira para levá-los a um outro patamar. O que antes se restringia somente a culturas de nicho como o HFs (hortaliças e frutas) e de larga escala (batata, tomate, cebola, cenoura, pimentão e alho), evoluiu para as grandes culturas como cana-de-açúcar, algodão, soja e milho. Além disso, no combate a algumas pragas e doenças, o biológico vem sendo reconhecido pelo próprio produtor rural como superior ao concorrente químico.

3 – Diferentemente dos defensivos químicos, os defensivos biológicos são em sua maioria produzidos nacionalmente. Quais as principais dificuldades enfrentadas no transporte desses organismos? Vocês acreditam na possibilidade de exportar parte dos biológicos que são produzidos pela empresa no futuro?

A Koppert Brasil é uma das poucas unidades da companhia que produz os produtos biológicos e já exporta para a América do Sul e outras unidades da companhia. Os cuidados adequados no armazenamento e transporte mantêm a qualidade e eficácia dos produtos.

4 – A Koppert já está consolidada em diversos estados brasileiros. No caso dos defensivos biológicos, vocês sentem uma necessidade de estabelecer unidades próximas do consumidor? Quais as principais dificuldades em atender produtores localizados em outros estados (onde a empresa não possui unidades)?

As unidades fabris da Koppert estão instaladas no interior de São Paulo, centro estratégico de pesquisas e novas tecnologias e com fácil acesso a todo o Brasil. Como já mencionado, o transporte a armazenamento adequado garante a distribuição pelo país e também no Cone Sul.

5 – Muitos produtores demonstram interesse nos biodefensivos, mas alguns ainda tem dúvidas sobre como se dá o planejamento para começar a aderir à esta tecnologia. Como funciona geralmente essa troca do uso de defensivos químicos para biológicos? E quanto a compra dos ativos biológicos, onde o produtor pode adquirir?

O uso dos biológicos geralmente começa de forma gradativa e conforme o produtor vai verificando os resultados começa a expandir a área e as pragas e doenças manejadas. A Koppert tem um trabalho de conscientização e capacitação em cooperativas, revendas, eventos, dias de campo e diretamente com visitas aos clientes. Os produtos podem ser adquiridos em cooperativas, revendas agropecuárias e com os representantes da Koppert Brasil. No site há uma lista para consulta da unidade de comercialização mais próxima – https://www.koppert.com.br/sobre-a-koppert/revendedores/

 

 

Fonte da Imagem: Pixabay

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