MERCADO

Argentina consome 580 milhões de litros de defensivos por ano segundo INTA


A Argentina consome 230 milhões de litros de herbicidas e 350 milhões de litros de outros agroquímicos por ano, segundo relatório divulgado recentemente pelo INTA (Instituto Nacional de Tecnologia Agropecuária) argentino.

″A agricultura argentina não pode dispensar completamente os agroquímicos sem comprometer o volume e a qualidade da produção″, afirma o relatório.

A pesquisa também destacou que é possível ″aumentar a produtividade e a rentabilidade com menor impacto ambiental, de mãos dadas com a redução gradativa de insumos externos″.

Jorgelina Montoya, coordenadora do projeto estrutural de manejo sustentável de produtos fitossanitários e especialista do INTA, defendeu o papel dos agroquímicos. ″Existem vastos registros que mostram que sem o uso de produtos fitossanitários, as perdas nas mãos de pragas seriam significativas″, disse ela.

Existem cerca de 5.387 produtos formulados registrados no SENASA (Serviço Nacional de Inocuidade e Qualidade Alimentar) para o mercado argentino. Os herbicidas são o grupo majoritário, com 42%, seguido dos inseticidas e fungicidas, com 43%. O restante, como acaricidas, nematicidas, moluscicidas, reguladores de crescimento, etc, são de no máximo 14%.

Eduardo Trumper, coordenador do programa fitossanitário e especialista do INTA para a província de Córdoba, reconheceu que ″o uso de insumos químicos é uma prática profundamente enraizada nos sistemas produtivos atuais e difícil de mudar, apesar da existência de alternativas, como a agroecologia″, mas que esta é uma opção de “alcance limitado”.

″Existem várias estratégias de produção disponíveis que devem ser consideradas antes do plantio e permitem reduzir o uso de insumos, como o uso de variedades resistentes a pragas. Além disso, é necessário reforçar o acompanhamento, a utilização de critérios sólidos para a tomada de decisões e, quando justificado, aplicações eficientes e precisas”, acrescentou.

O relatório, elaborado por especialistas do INTA, propõe uma abordagem integral dos produtos fitossanitários. Analisa a contribuição da organização para o desenvolvimento de estratégias, tecnologias e conhecimentos que colaborem com o manejo de pragas e doenças das lavouras.

 

Fonte: AgroPages, Leonardo Gottems – 15/11/2022

Fonte da Imagem: Pixabay

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